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Londrina – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará nesta sexta-feira, em Brasília, o Plano de Prevenção e Controle da Gripe Aviária, que tentará impedir a entrada da doença no país, maior exportador mundial de carne de frango. O anúncio foi feito nesta quinta pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Maciel, em Londrina.

Segundo Maciel, a ameaça da gripe aviária é, atualmente, a maior preocupação sanitária do país, principalmente pelo fato de a doença também atingir humanos. "Esse problema não afeta só o Brasil, mas o mundo", afirmou. "Estamos nos preparando junto com os estados para que, se a doença chegar ao Brasil, possamos erradicá-la." O secretário informou que, inicialmente, serão liberados R$ 10 milhões, por Medida Provisória (MP), para o treinamento emergencial de 1.700 técnicos.

Os principais temas do evento nacional de secretários foram a sanidade agropecuária – gripe aviária e febre aftosa – e a crise de renda que afeta os agricultores. Em relação à aftosa, o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Renato Broetto, defendeu a revisão dos critérios utilizados pelos países importadores para impor embargos à carne brasileira por causa da aftosa. Mesmo desfrutando, há cinco anos, do status de área livre da doença sem vacinação, Santa Catarina sofreu embargo da Rússia para as carnes suína e de frango. O estado não exporta carne bovina.

Santa Catarina foi prejudicada por fazer divisa com o Paraná, onde ocorreram focos de aftosa. Segundo o secretário, com a crise o estado deixou de exportar 500 mil toneladas apenas de carne suína para a Rússia. Os setores de produção de frangos e suínos já demitiram mais de mil trabalhadores no estado.

O secretário de Agricultura de Mato Grosso do Sul, Wilson Roberto Gonçalves, disse que os prejuízos do estado com a febre aftosa somam R$ 100 milhões. Com o maior rebanho nacional (25 milhões de cabeças) e responsável por 54% das exportações brasileiras de carne bovina, os sul-matogrossenses estão impedidos de fazer embarques desde outubro. Gonçalves acredita que o estado poderá obter a liberação para as exportações até julho, quando completam seis meses do abate dos animais nos focos com aftosa. Foram sacrificados mais de 33 mil cabeças, em 180 propriedades.

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