Natália Mingoni Ponte, 29, mãe do menino Joaquim Ponte Marques, 3, é aguardada nesta quinta-feira (14/11)para um novo depoimento na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

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A intenção da Polícia Civil é confrontar as versões dela com as informações prestadas na quarta (13) pelo padrasto do menino, Guilherme Raymo Longo. Novos depoimentos dos dois não estão descartados.

Natália está presa na cadeia de Franca (400 km de São Paulo) e, segundo informações da polícia, já saiu da unidade em direção a Ribeirão. É o segundo depoimento dela depois de ter sido presa no domingo (10), após o corpo do filho ser encontrado no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo). O sumiço do garoto foi denunciado à polícia na terça-feira (5).

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O delegado Paulo Henrique Martins de Castro disse que não esperava a confissão do crime por Guilherme Longo na quarta. No entanto, ele confirmou que foram detectadas contradições entre os depoimentos já prestados pelo padrasto.

Segundo Castro, responsável pelas investigações, outras testemunhas, que não apenas familiares, serão ouvidos. "No caso do Guilherme, vamos ouvi-lo mais vezes, pelo menos uma três vezes", disse.

O delegado também afirmou que vai fazer reconstituições do caso com a mãe e o padrasto da vítima. A data, porém, não foi informada. Uma acareação entre os principais suspeitos do crime, por enquanto, não é cogitada pela polícia.

A suspeita mais forte da polícia sobre a autoria do crime é a prova do cão farejador. Após cheirar as roupas de Joaquim e do padrasto, o animal fez o percurso da casa até o córrego Tanquinho -onde o corpo teria sido jogado - por duas vezes.

O delegado afirmou que as imagens de câmeras de segurança, onde aparecem o pai do padrastro, Dimas Longo, 60, saindo de casa com o carro, por volta da 1h do dia do desaparecimento do garoto, e um outro homem não identificado caminhando pela rua com um pacote nas mãos, são complementares à investigação.

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Dimas Longo mora na mesma rua que o filho a cerca de 200 metros uma casa da outra. A residência onde a família morava é do pai do padrasto. Castro afirmou que Dimas Longo não é tratado como suspeito de cúmplice no crime e que não tem pressa de ouvi-lo. Na semana passada, ele já havia dado esclarecimentos à polícia.

O advogado de Guilherme, Antônio Carlos de Oliveira, disse que vai pedir a revogação da prisão preventiva do cliente no começo da tarde desta quinta no fórum da cidade. "Ele [Guilherme] está colaborando com as investigações e [a polícia e a Justiça] não têm motivos para deixá-lo preso", disse.

Na quarta, em São Paulo, amigos de Artur Paes, pai de Joaquim, realizaram uma missa em homenagem ao menino na Igreja São Judas Tadeu, no bairro da Jabaquara.