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Moradores do Tatuquara enfrentam falta de vagas em creches e escolas do bairro

Os moradores do Tatuquara, bairro da região sul de Curitiba, estão com dificuldades para encontrar vagas em creches e escolas do bairro, conforme reportagem veiculada pela RPC-TV nesta segunda-feira (9). Por falta de vagas, muitas crianças podem ficar este ano sem creche ou escola.

A empregada doméstica Solange Coimbra pediu vaga na Creche Municipal Santa Rita há 3 anos, pouco depois de Gabriel nascer. Até hoje ela não pôde matricular o filho. "Em vez de pagar uma luz ou uma água, preciso pagar alguém para cuidar dele", disse à reportagem do Paraná-TV.

Lidionete Baldaia é auxiliar de limpeza e está saindo da licença-maternidade e volta ao trabalho nos próximos dias e até agora não conseguiu vaga para o bebê nas creches do bairro. Em muitos casos, as mães recorrem ao Conselho Tutelar, já que a creche e a escola são direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. O Conselho Tutelar requisita a vaga e se a creche disser que não tem, ele envia ao Ministério Público. "Eu tenho mãe que está há três anos na fila de espera e ainda não conseguiu a vaga mesmo com a requisição do Ministério Público", contou a conselheira tutelar do Pinheirinho, área a que pertence o Tatuquara, Cecília Lima à RPC-TV.

Problema semelhante é enfrentado pelas mães de crianças em idade escolar. O ano letivo já começou e elas não conseguiram matricular os filhos na Escola Estadual Nirlei Medeiros. "Eu não tenho como colocar ele num colégio mais distante que eu não tenho condições de pagar a passagem", falou Clevenice da Silva, uma das mães que não conseguiram matrícula, ao Paraná-TV.

A cabeleireira Ivete Stochschneider contou que muitas mães acabam tendo que matricular os filhos em escolas do bairro do Xaxim e do Hauer, enquanto mães de fora conseguiram matricular os filhos na escola do Tatuquara.

A Prefeitura de Curitiba informou que mantém oito creches no Tatuquara e que outras duas serão construídas ainda neste ano. A Secretaria Estadual de Educação, responsável pela escola, disse que nenhuma criança ficará sem estudar e, que se for o caso, garante o transporte dos alunos de graça.

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