Para grande parte dos deputados paranaenses, ser processado é normal para homens públicos. Poucos dos parlamentares ouvidos citados pela ONG Transparência Brasil se incomodaram em ter envolvido em ações que correm na Justiça.
O deputado Edgar Bueno (PPS) considera "normal na vida de qualquer pessoa um processo". Segundo o parlamentar, a acusação contra ele é uma mentira. "Até o julgamento, estamos pendurados. Mas esse não é um problema sério. Até porque, quem me denunciou sumiu e está tudo sendo provado."
Dobrandino da Silva (PMDB), foi outro que afirmou não ter vergonha do processo pelo qual responde. "Não tenho dificuldades em me explicar. Qualquer um pode processar qualquer um. Se eu processar alguém, não quer dizer que esse alguém esteja errado. Tem de esperar o julgamento e tem de haver provas."
O deputado Felipe Lucas (PPS), através da advogada, também informou que é comum encontrar ações na Justiça contra ex-prefeitos, como é o seu caso (ele administrou Irati). Já para o deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB), o fato de qualquer um poder processar qualquer um significa que o país é uma democracia. "Não devo nada e estou fazendo minha defesa. Por isso, respondo ao processo com tranqüilidade. Tudo é uma questão eleitoral, movida por adversários políticos e intrigas."
Intrigas políticas também foi a justificativa usada pelo deputado Pedro Ivo (PT) para justificar o seu processo. "Quando fui prefeito de União da Vitória, tive confrontos com outras lideranças políticas e acabei sofrendo processos bobos, como por causa do corte de uma árvore."
Um dos raros a mostrar maior preocupação com as acusações foi o deputado Alexandre Curi (PMDB). Segundo ele, o processo vai ser arquivado porque a promotora de Justiça entrou com a ação fora do prazo e não há testemunhas que comprovem as acusações contra ele de ter sido beneficiado por funcionários da prefeitura de São Mateus do Sul que teriam trabalhado em sua campanha.
Já Nelson Justus (DEM) disse ter sido envolvido injustamente no processo que corre contra ele. Cida Borghetti (PP) justificou, através de assessores, que a acusação à qual está respondendo já está sendo objeto de defesa e que ela não é culpada.
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