A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que em 52,9% das cidades brasileiras pacientes da atenção básica têm de fazer exames em outros municípios, por falta de infraestrutura das unidades dos lugares onde moram. A proporção é maior no Nordeste (55,3%) e menor no Norte (46,7%). Nos municípios de até 100 mil habitantes, onde os serviços de saúde são mais simples, a prática é mais comum.

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Divulgado nesta quarta-feira (26), o levantamento foi feito entre julho de 2014 e março de 2015 e mostrou que 59,9% dos municípios precisavam referenciar usuários da atenção básica para internação fora, sendo o Sudeste a região mais crítica nesse sentido (66%), e o Centro-oeste, a que tem menor índice (46%).

Outra deficiência é a falta de atendimento de emergência 24 horas: 12,9% dos municípios não dispõem desse tipo de serviço. E também com relação aos leitos de UTI neonatal: 93,4% não contam com essas acomodações, que muitas vezes salvam recém-nascidos com risco de vida, sejam em estabelecimento público ou em conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A Munic saiu com a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic). São dados referentes às 27 unidades da federação e aos 5.570 municípios brasileiros nas áreas, além da saúde: recursos humanos das administrações estaduais e municipais, comunicação e informática (por exemplo, o cumprimento da Lei de Acesso à Informação), educação, direitos humanos, segurança pública, segurança alimentar, inclusão produtiva da população e vigilância sanitária.

As respostas aos técnicos do IBGE foram dadas por funcionários dos Estados e municípios, e não pela população destes. A Estadic é realizada desde 2012; a Munic, desde 1999, de modo que parte dos dados pode ser comparada.