Participantes do protesto se protegem durante a dispersão de spray de pimenta por parte da Polícia Federal| Foto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Por volta das 10h50 desta quinta-feira (28), quando o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho, retomou a sessão do Conselho Universitário (Coun), suspensa até então por quórum insuficiente, e decidiu realizar a votação por videoconferência – já que parte dos conselheiros tiveram a entrada no prédio da reitoria impedida por manifestantes –, a energia elétrica do prédio caiu. Funcionários da reitoria relatam que a energia elétrica não havia sido restabelecida até as 21 horas desta quinta-feira.

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Segundo a UFPR, não foi uma queda, mas um corte intencional. De acordo com Sobrinho, o circuito interno da universidade registrou o momento em que alguns estudantes invadiram a cabine de força e cortaram um cabo. O reitor também informou que o vídeo ainda está sendo localizado.

Conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel), não houve registro de desabastecimento de energia elétrica na região da Reitoria. A companhia também não recebeu nenhuma reclamação por falta de energia, o que pode indicar que a interrupção do fornecimento na Reitoria tenha sido um fato isolado e interno.

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O Diretório Central de Estudantes (DCE), órgão representativo dos alunos da universidade, disse não ter nenhuma informação sobre o episódio.

Nesta quinta, em uma sessão tumultuada, o Conselho Universitário aprovou a adesão do Hospital de Clínicas (HC) e da Maternidade Victor Ferreira do Amaral a um contrato de cogestão com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Com isso, a promessa da UFPR é que o quadro de funcionários do HC seja complementado e o estabelecimento possa operar com capacidade mais próxima da plena.

A forma com que a aprovação foi feita no conselho, por meio de teleconferência e votos por telefone celular no viva-voz, gerou a revolta dos manifestantes que cercavam a Reitoria e impediam a entrada dos conselheiros. Parte deles tentou invadir o prédio central e foi reprimida pela Polícia Federal (PF), que usou spray de pimenta, bomba de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest), Carla Cobalchini, a entidade vai entrar na Justiça contra a aprovação do contrato com a Ebserh por entender que houve ilegalidade. O Sinditest é contra à adesão do HC à empresa do governo federal por entender que ela representa uma privatização do hospital e defende a realização de um concurso público para repor o quadro de funcionários.

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