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Manifestantes que exigem a renúncia do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ocuparam nesta quinta-feira, 8, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal do Rio, no Centro. Os grupos ingressaram nas casas em pequenos grupos, para acompanhar as sessões, e ao final delas anunciaram a intenção de permanecer lá dentro.

Os 22 ativistas que estavam no Legislativo estadual foram retirados por seguranças da Casa, por volta das 17h30. Houve uso de gás pimenta e tumulto, mas ninguém se feriu nem foi preso. Até as 20 horas, cerca de 15 ativistas permaneciam dentro da Câmara, e a saída deles era negociada. Fora do prédio, aproximadamente 150 manifestantes seguiam protestando.

Por volta das 16 horas, enquanto esses grupos ingressavam nas casas legislativas, centenas de manifestantes se reuniam ao redor da igreja da Candelária, de onde seguiram a pé pela avenida Rio Branco. O protesto era liderado por professores da rede estadual, mas teve a participação de vários outros grupos que exigem a saída de Cabral. Os ativistas anunciaram que iriam até a Cinelândia, mas decidiram mudar o trajeto e foram até a frente da Assembleia Legislativa. Impedido de ingressar no prédio, o grupo chegou a se envolver em tumulto, mas por volta das 19 horas seguiu para a Cinelândia e se concentrou em frente à Câmara.

Assembleia e barcas

Dentro da Alerj, vários deputados estaduais acusaram a segurança da casa de usar violência desnecessária para retirar os manifestantes. Alguns foram atingidos pelo gás pimenta usado pelos seguranças.

O presidente da Casa, Paulo Melo (PMDB), negou. "Quando encerrei a sessão, os 22 ativistas que estavam nas galerias começaram a xingar os deputados e anunciaram que não sairiam da Assembleia. Xingar não é problema, mas ocupar a Casa não pode. Autorizei a segurança a retirar os manifestantes, e claro que isso implica em tumulto, empurra-empurra. Houve uso de gás pimenta, mas foram recursos necessários para retirar essas pessoas", disse o deputado.

Outra manifestação ocorreu na Praça Araribóia, em Niterói, na região metropolitana do Rio. Cerca de 100 pessoas se reuniram, no início da noite, para cobrar melhores serviços no transporte marítimo entre o Rio e Niterói. Até as 20 horas o ato seguia pacífico.

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