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São Paulo

Manifestantes protestam por moradia e contra Copa nesta sexta

Integrantes do movimento Copa Pra Quem? e de grupos de sem-teto fazem uma manifestação na tarde desta sexta-feira na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Cerca de 600 manifestantes que estavam no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) ocupavam na tarde desta sexta-feira todas as faixas da avenida no sentido Consolação. Além das pautas próprias de cada grupo, os dois movimentos fazem um ato de desagravo contra a violência policial por causa de excessos denunciados durante a marcha pela redução da tarifa de ônibus na capital paulista, na noite desta quinta-feira.

O protesto corre de maneira pacífica e é acompanhado por um caminhão de som. A Polícia Militar (PM) tenta evitar o fechamento da avenida. O movimento Copa Pra Quem? questiona a remoção de moradores em decorrência de obras próximas a estádios da Copa do Mundo, além do montante de recursos públicos empregados para a realização do evento. "Nós não podemos aceitar um ingresso caro. A Copa esta sendo feita com dinheiro público e ninguém vai poder usufruir do evento. Vai se abrir um estado de exceção", diz o presidente organizador do ato Copa Pra Quem, Guilherme Boulos.

O ativista Andre Ferrari, do Psol, diz que a mobilização também tomou a liberdade de expressão como causa. "Esta também é uma manifestação contra a violência da polícia, de ontem (13)." O ato também reúne moradores do Pinheiro - área em São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), alvo de uma reintegração de posse em 2011.

Folhetos distribuídos e cartazes fazem menção à redução da tarifa de ônibus na capital, motivo de quatro grandes manifestações e confrontos desde o dia 6. "A experiência demonstra que com luta é possível derrotar e obter a conquista", diz o material de divulgação, que cita outras passeatas que ocorrem pela redução do preço da passagem do ônibus, como as de Porto Alegre, Goiânia, Natal e Teresina. O grupo também repete as seguintes palavras de ordem: "Dança até o chão, todo mundo unido contra a repressão". Os organizadores da manifestação afirmam que pretendem seguir até o escritório da Presidência da República em São Paulo, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta.

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