Manifestantes tomam reitoria da UEPG e pedem suspensão do calendário letivo

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A Reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foi tomada na manhã desta quarta-feira (19) para reivindicar, principalmente, a suspensão do calendário letivo. Estudantes, professores e “pessoas estranhas à comunidade acadêmica”, segundo a assessoria da instituição, forçaram três portas do prédio e derrubaram uma. Em assembleia na noite de segunda-feira (17), foi aprovada uma greve estudantil – os professores paralisaram as atividades no dia 13 e os técnicos da UEPG suspendem as atividades a partir desta quinta-feira (20).

Vídeo publicado na internet mostra momento em que alunos entram na Reitoria

Segundo a assessoria de imprensa da UEPG, cerca de 70 pessoas participação da ação, por volta das 11 horas. Como a assembleia estudantil havia decidido ocupar os espaços da universidade, as entradas do prédio haviam sido fechadas pelos funcionários. Uma das portas foi derrubada. Alguns funcionários alegam que foram agredidos e um deles registrou boletim de ocorrência. O comando de greve, em nota, nega que tenha acontecido qualquer caso de violência.

Os alunos querem a suspensão do calendário letivo porque alguns professores que não aderiram à greve continuaram dando aulas e registrando faltas. “Os estudantes encontraram o prédio fechado e foram barrados em horário de expediente. A Reitoria é um prédio público!”, diz a nota divulgada pelo comando de greve. A porta foi recolocada. Não há registro de depredações nem previsão para a desocupação do prédio.

Também em nota, a Reitoria informou que só aceita negociar depois que os manifestantes deixarem as instalações. As atividades administrativas foram suspensas. “A reitoria endossa o direito de livre manifestação pacífica e ordeira. Todavia, repudia atos de violência, constrangimento e depredação do patrimônio público”, diz o texto.

A assessoria de imprensa informou que será ajuizado pedido de reintegração de posse. O Colégio Agrícola que fica dentro do campus Uvaranas já estava ocupado por estudantes secundaristas e com reintegração autorizada pela Justiça, mas não cumprida.