Elize Matsunaga só ficou sabendo no final de semana que o marido, Marcos Matsunaga, morto e esquartejado por ela no dia 19 de maio, deu um carro para a amante, uma garota de programa conhecida como Natália. Em depoimento à polícia sexta-feira, Natália contou que ganhou o presente mesmo sem saber dirigir. Falou ainda que esteve com Marcos, executivo da Yoki, nos três dias antes da sua morte. Os dois teriam um romance desde janeiro deste ano.

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De acordo com o advogado de Elize, Luciano Santoro, o carro seria uma Pajero, avaliada em cerca de R$ 100 mil. Matsunaga encontrou Natália em um site de garotas de programa. Foi no mesmo site que ele havia conhecido Elize, em 2004, quando sua mulher era garota de programa.

Depois da amante de Marcos, a polícia decidiu que não ouvirá mais ninguém. São aguardados apenas os laudos necroscópicos e do local do crime para relatar o caso à Justiça. Elize deve ser indiciada por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio cruel e ocultação de cadáver. Também deve ser pedida sua prisão preventiva.

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O advogado de Elize disse achar que a Justiça rejeitará o pedido de prisão preventiva. "A prisão preventiva só vale, pela lei, para os casos em que o acusado pode atrapalhar o andamento do processo, tem risco de fugir ou pode voltar a cometer o mesmo crime. Ela colaborou com as investigações da polícia, por isso não está atrapalhando o andamento do processo. Também teve chance de fugir e não fugiu e esse ponto da repetição não vale para crimes passionais", afirmou Santoro.

Elize contratou um detetive para seguir o marido. Um vídeo feito pelo detetive e exibido no domingo pelo "Fantástico", da Rede Globo, mostra o executivo saindo de um restaurante na véspera de sua morte com uma mulher. Nas imagens, os dois se abraçam enquanto esperam o caro ser trazido pelo manobrista.

O vídeo teria provocado a discussão do casal no dia do crime. O advogado afirma que o marido teria dito que Elize perderia a guarda da filha em caso de separação. Na discussão, ela atirou em Marcos. Dez horas depois, cortou o corpo em pedaços.

No dia seguinte, Elize aparece em imagens do circuito interno do prédio em que vivia, na Zona Oeste de São Paulo no elevador, com três malas. Os pedaços do corpo de Marcos foram jogados em cinco lugares da cidade de Cotia, Região Metropolitana de São Paulo.

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