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Transporte coletivo

Maringá estuda integração e tarifa única com Sarandi e Paiçandu

Para se locomover entre Sarandi e Paiçandu, o usuário paga uma passagem e meia, usando o Cidade Verde | Arquivo / Ricardo Lopes / Prefeitura de Maringá
Para se locomover entre Sarandi e Paiçandu, o usuário paga uma passagem e meia, usando o Cidade Verde (Foto: Arquivo / Ricardo Lopes / Prefeitura de Maringá)

A Prefeitura de Maringá estuda criar uma integração no transporte coletivo com Paiçandu e Sarandi, na região metropolitana. Juntamente com essa integração, a ideia é de que a tarifa se torne única para os três municípios. A informação foi anunciada pelo prefeito Carlos Roberto Pupin (PP), em Curitiba, na segunda-feira (6).

A integração já existe entre Paiçandu e Sarandi. Para se locomover de uma cidade a outra, o usuário paga uma passagem e meia, usando o ônibus Cidade Verde, da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC). O primeiro ônibus, de Sarandi a Maringá ou de Paiçandu a Maringá, custa R$ 2,60. Daí para a outra cidade, a tarifa cai pela metade, R$ 1,30.

A situação muda quando o usuário vem de Sarandi ou de Paiçandu e quer se deslocar dentro de Maringá. Em vez de usar apenas os ônibus Cidade Verde, que são metropolitanos e já usufruem de integração, as pessoas têm de entrar também em ônibus urbanos, aqueles que circulam apenas em Maringá, para os quais não há desconto. Assim, é necessário pagar por duas passagens: uma até Maringá e outra rodar em Maringá.

O estudo da Prefeitura existe para criar o desconto de 50% também no transporte urbano – assim como ocorre com a segunda passagem em ônibus metropolitanos entre Sarandi e Paiçandu. Além disso, a intenção é de que o valor total das passagens integradas seja idêntico. Atualmente, o usuário de Maringá paga R$ 2,50 por passagem pelo Cartão Passe Fácil e R$ 2,95 com dinheiro.

Empecilhos

Três fatores dificultam a implantação do sistema em Maringá. O primeiro, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, é adequar o valor das passagens. Por lei, o serviço metropolitano usa a tarifa estadual de transporte, enquanto o serviço urbano tem a própria tarifa.

O segundo problema é de que o reajuste anual da passagem maringaense ainda não foi feito. Segundo a assessoria de imprensa, será necessário esperar a data-base dos motoristas de ônibus para descobrir em quanto as tarifas maringaenses serão reajustadas. Os estudos para isso começam em junho.

A outra dificuldade foi apontada pela TCCC. Para o administrador executivo da empresa, Roberto Jacomelli, a integração criaria mais benefícios ao usuário, mas encareceria o sistema. "A tarifa sobe", explicou. "Se a pessoa deixar de pagar parte tarifa, a conta subirá em algum extremo."

Para Pupin, isenção do ICMS contribui com a integração

Para o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel utilizado no transporte de coletivo contribui com o projeto de integração, servindo para aliviar qualquer tipo de aumento na tarifa. Isto acontece porque o imposto chegava a representar R$ 0,06 do custo da passagem. A lei tributária foi sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB) na segunda-feira (6).

"Vamos chegar a um denominador comum para fazermos a integração com Sarandi e Paiçandu", afirmou o prefeito de Maringá, em texto publicado pela Agência Estadual de Notícias (AEN). Segundo a Prefeitura, o estudo de integração deverá ser concluído entre junho e julho, em paralelo com o reajuste referente à data-base da tarifa do transporte urbano de Maringá.

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