Apesar de Maringá ter o terceiro melhor índice de saneamento do país, quase um quarto da água tratada no Município não chega aos consumidores. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis), 23,43% do que é captado acaba sendo perdido durante a distribuição. Os números referentes ao ano de 2011 foram divulgados no mês passado pelo Instituto Trata Brasil. Naquele ano, a Sanepar produziu 27,7 bilhões de litros de água em Maringá.
Segundo o gerente regional da companhia, Valteir Galdino da Nóbrega, as Perdas do Sistema Distribuidor (PSD) não se referem somente ao desperdício por parte das empresas de saneamento. No índice também é considerado outros fatores, como a água perdida durante a lavagem dos filtros e decantadores e a limpeza e desinfecção das redes. A água dos hidrantes utilizada pelo Corpo de Bombeiros também entra na conta.
"Ao analisar todos os fatores que compõem este indicador, percebe-se que apenas uma pequena parte se refere à perda efetiva de água com vazamentos nas redes de distribuição espalhadas pela cidade", explicou Nóbrega.
A Sanepar ressaltou que alguns clientes também contribuem para as perdas, com fraudes nos hidrômetros, ligações clandestinas e desvios na medição de água. "Quando o cliente usa arames, pregos, pedaços de madeira para interferir na medição do consumo e, consequentemente, reduzir a sua conta de água, por exemplo, este volume é considerado perda", informou a empresa, em nota.
Índice de perdas em Maringá está entre os menores do Brasil
Apesar de ter uma perda de quase um quarto da água tratada, a situação de Maringá é boa se comparada a de outros municípios brasileiros. Entre as cem maiores cidades do país, o PSD de Maringá só é maior que o de Campinas (SP), com 19,8%; Ponta Grossa, com 19%; São Gonçalo (RJ), com 18,7%; Santos (SP), com 16,4%; e Limeira (SP), com 14,8%.
Segundo o Ranking do Saneamento, divulgado no mês passado pelo Instituto Trata Brasil, a situação é pior nas regiões Norte e Nordeste, onde três grandes cidades apresentam desperdício de água que ultrapassa os 70%. É o caso de Recife (PE), com 70,6%; Jaboatão dos Guararapes (PE), com 71,6%; e Macapá (AP), com 72,1%.
Redução
De acordo com a Sanepar, a meta é alcançar um índice de perdas entre 15% e 20%. Para isso, a companhia informou que tem feito algumas ações como a substituição de 130 quilômetros de antigas tubulações de ferro fundido por PVC e o desenvolvimento de um projeto hidráulico para reduzir a pressão na rede de distribuição e melhorar a eficiência operacional.
"A expectativa é reduzir os vazamentos que surgem nos mais de 1,9 milhão de metros da rede de água que temos na cidade", destacou Nobrega.
A empresa também informou que mantém um programa permanente de trocas de hidrômetros mais antigos (para corrigir os desvios de medição), além de plano de combate a fraudes e uma equipe para localizar vazamentos e ligações clandestinas - por meio de geofonamento e um sistema de manutenção com prioridade para consertos na rede de água.
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