O número de postos de trabalho abertos em Maringá no primeiro trimestre de 2010 é exatamente o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Entre janeiro e março de 2009 foram criadas 1.475 vagas, contra 2.951 no mesmo período deste ano. O desempenho foi puxado pelas contratações na indústria. Esse setor vem se recuperando ao longo dos últimos meses e foi responsável por 42% de todas as vagas abertas em Maringá. As informações constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (15).
A abertura de vagas no setor de serviços continua forte, mas perdeu representatividade em relação ao primeiro trimestre de 2009, quando foi o setor que mais contratou. Naquele período, 866 pessoas conseguiram trabalho na área. Em 2010 foram 911 novas vagas, desempenho bem abaixo do alcançado pela indústria.
Os dados mostram também a recuperação do comércio. Entre janeiro e março de 2009, o setor encontrava-se em crise e fechou 304 vagas. O cenário em 2010 mostra que os empresários voltaram a contratar, sendo que o saldo positivo é de 130 novos empregos.
A construção civil em Maringá continua a todo vapor, tendo admitido 534 trabalhadores nos canteiros de obras, em 2010. A agropecuária também soma 78 novos postos de trabalho.
Abertura de emprego bate recorde no Brasil
Dados do Caged revelam também que houve a abertura de 657,2 mil postos de emprego com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, o que representa novo recorde da série histórica, que tem início em 1992.
O recorde anterior havia sido registrado nos três primeiros meses de 2008, quando foram abertas 554,44 mil vagas formais de trabalho. No primeiro trimestre de 2009, período marcado pelos efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira, houve o fechamento de 57 mil postos de trabalho no Brasil.
De acordo com o Ministério do Trabalho, uma reação positiva de alguns segmentos já era prevista. O governo informou que os setores que mais se destacaram na criação de empregos, nos três primeiros meses deste ano, foram os Serviços (249,8 mil vagas) e a indústria de transformação (204,3 mil postos formais). A construção civil abriu 127,6 mil empregos no primeiro trimestre e o comércio contratou 33,1 mil trabalhadores com carteira assinada.
"Alguns setores, como já prevíamos, responderam muito bem, porque demitiram precipitadamente. Os estoques praticamente zeraram e está havendo necessidade de repor os estoques [e contratar]. É um comportamento sistemático da indústria de tranformação, do setor têxtil e de calçados. Os setores de exportação melhoraram muito. Houve uma reação do mundo. E tem o recorde do setor automobilístico", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
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