Maringá tem 25 postos de atendimento espalhados nas unidades de saúde e centros especializados para tratamento de dependentes químicos e alcoólatras. Dos que aderem aos programas para tentar parar de fumar, apenas 35% conseguem largar o vício. Segundo a diretora do Centro de Atenção Psicossocial para Dependentes de Álcool e Drogas (Caps AD), Ângela Nogueira, de cada grupo de 30 pessoas que se submetem ao tratamento só 10 conseguem parar de fumar.
Ângela explica que, no Caps AD, a cada dois meses um novo grupo de 30 ou 35 pessoas é fechado. "O tratamento é feito dividido em oito sessões semanais de uma hora e meia. Usamos mecanismos de controle para reduzir a ansiedade do dependente e fazemos orientação psicológica para afastá-lo do vício. Caso ele não responda bem, começamos o tratamento medicamentoso. Aos poucos as pessoas vão desistindo e do grupo de 30, aproximadamente 10 param de fumar", explica.
A aposentada Bendita Andreato de Moraes, 62 anos, fumou desde os 20 anos. Depois de 41 anos convivendo com o vício, ela procurou o Caps Ad e se diz curada. Ela passou por todas as sessões e conseguiu largar o cigarro com ajuda de medicamentos. Há seis meses dona Benedita não sabe o que é fumar. "Foi uma guerra contra o cigarro. Se eu não tivesse ajuda não ia conseguir. Foi uma vitória", comemora.