Caso a proposta não fosse aceita, a empresa seria declarada como falida e haveria demissões em massa| Foto: Arquivo

A assembleia de credores das lojas Dudony aprovou no início da tarde desta terça-feira (16) o plano de recuperação judicial da empresa que inclui a venda da rede varejista. Com isso, o Baú Crediário, do Grupo Silvio Santos, que apresentou a única proposta de compra deve assumir a empresa pelo valor de R$33 milhões. Serão R$25 milhões para pagar dívidas com credores e R$8 milhões para saldar contas administrativas firmadas antes da venda. Votaram favoráveis 75,7% dos credores, 13,6% contra e o restante não votou.

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Tinham direito a voto 240 pessoas físicas e jurídicas com valores a receber. Do total, 85 deles têm dívidas que somam no máximo R$ 20 mil e devem receber os valores integrais imediatamente. Mas como o valor total da dívida é de R$ 104.919.331,00, os grandes credores tiveram de aceitar o deságio proposto e vão receber apenas parte da dívida.

De acordo com diretor jurídico da empresa, Cleverson Colombo, os bancos HSBC, Bradesco e Itaú Unibanco votaram contra a proposta, mesmo assim eram minoria. A dívida que o Itaú Unibanco tinha a receber era de cerca de R$5 milhões. Já os credores que se abstiveram eram na maioria seguradoras.

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Durante a realização da assembleia, um grupo de funcionários da empresa se revezou em frente ao local em uma manifestação pedindo a aprovação da recuperação judicial. Caso a proposta não fosse aceita, a empresa seria declarada como falida e haveria demissões em massa. Uma delas era Roberta Perioto, que trabalha no setor de marketing da Dudony há três anos e meio. "Embora não tenham passado comunicado oficial, o Baú já havia sinalizado que se interessava em manter os funcionários. Vamos esperar as próximas definições", disse ela.

A dívida de R$ 104 milhões com instituições financeiras e fornecedores de produtos de linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e linha marrom (móveis) obrigou a empresa a entrar, em dezembro de 2008, com pedido de recuperação judicial na 1.ª Vara Cível de Maringá.

No final de fevereiro, a rede já havia colocado à venda as lojas do grupo no estado de São Paulo, mas não encontrou interessados. A empresa com sede em Maringá tem 110 lojas (incluindo 17 lojas virtuais, que fazem vendas por catálogo) espalhadas pelo Paraná (101) e São Paulo (9), além de empregar cerca de 1000 funcionários diretos.