Os assessores parlamentares investigados pelo Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) devem deixar seus cargos na próxima terça-feira (30). Suspeitos de serem funcionários fantasmas - ou seja, receberam salário sem cumprir o horário de trabalho – os assessores foram demitidos na tarde de quarta-feira (24) pelo presidente do legislativo municipal, Mário Hossokawa (PMDB).

CARREGANDO :)

Como havia adiantado para a Gazeta Maringá na manhã de quarta, Hossokawa explicou que os assessores devem continuar em seus cargos por mais alguns dias por uma questão técnica. "A exoneração só não acontecerá antes, porque a folha de pagamento já está fechada até o fim deste mês", explicou.

Os assessores trabalham para Aparecido Zebrão (PP), Mário Verri (PT), Carlos Eduardo Sabóia (PMN) e Belino Bravin (PP). Segundo Hossokawa, os próprios vereadores tiveram acesso aos depoimentos dos assessores, comprovando, assim, a irregularidade. "A investigação ainda não terminou, mas como os vereadores comprovaram que eles [os assessores] não estavam cumprindo a jornada de trabalho, decidimos exonerá-los a partir de 30 de novembro."

Publicidade

Há, ainda, um ex-assessor do vereador Evandro Junior (PSDB), que também está sendo investigado, pelo mesmo motivo. No entanto, ele foi exonerado há mais de três meses. Caso o Gaeco aponte que não houve culpa dos assessores no caso, eles poderão ser novamente contratados pela Câmara.

Evandro Júnior não foi ouvido

O vereador e deputado estadual eleito Evandro Junior (PSDB) é o único parlamentar (entre os que foram convocados) que ainda não depôs no inquérito que investiga a existência de funcionários fantasmas em gabinetes da Câmara de Maringá. O depoimento estava marcado para o último dia 17, mas ele não compareceu na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), alegando problemas pessoais.

Além de Evandro Júnior, foram intimados Aparecido Regini Zebrão (PP), Dr. Sabóia (PMN), Belino Bravin (PP) e Mario Verri (PT), que já prestaram esclarecimentos sobre o assunto. Os depoimentos começaram a ser colhidos pelo Gaeco no dia 16 deste mês). Dos sete assessores intimados, seis compareceram e um pediu para remarcar a data.

O teor das declarações não foi revelado já que o inquérito está em sigilo de investigação. "Alguns confirmaram nossas suspeitas, confirmaram suas responsabilidades, outros se justificaram, dizendo que tinham autorização de prestar serviços externos na Câmara e outros repudiaram as acusações, apresentado seus argumentos", declarou Ciriaco.

Publicidade