Os assessores parlamentares lotados nos gabinetes da Câmara de Maringá terão que registrar ponto de entrada e saída do trabalho, a partir da próxima segunda-feira (12). Até então, apenas os funcionários comissionados da Casa e os servidores concursados estavam sujeitos ao controle. A prática foi uma sugestão do Ministério Público para dificultar a nomeação de funcionários fantasmas. Segundo Mario Hossokawa (PMDB), presidente da Câmara de Vereadores, faltas ao trabalho sem justificativa resultarão em desconto na folha de pagamento.
Atualmente são 102 assessores que precisavam apenas assinar uma lista de presença nos gabinetes. "A sugestão do MP teve em vista o que vem acontecendo na Assembleia Legislativa do Paraná. O assessor também é um funcionário pago com dinheiro do contribuinte", disse Hossokawa. O presidente da Casa disse que alguns assessores reclamaram da medida, já que alguns deles cumprem expediente na rua. Mesmo assim, todos os vereadores foram favoráveis, e o controle será mantido.
Com as batidas do ponto, será possível saber ainda se o funcionário cumpriu a jornada de seis horas diárias, o que é exigido por lei. Os assessores já estão cadastrados, vão receber um cartão magnético, mas também vão precisar passar pela inspeção biométrica, ou seja, terão colocar o dedo no relógio-ponto pra que o sistema verifique a impressão digital. "Não tem como emprestar o dedo para outra pessoa, então eu creio que é um sistema infalível. Se descuidar, de repente pode aparecer fantasma por ai", defendeu Hossokawa.
Apesar de algumas reclamações, o controle agradou a maioria. "A medida só intimida o funcionário que não vem. Se não aparecer fica difícil", disse Ariovaldo Costa, assessor parlamentar.