O bebê encontrado em um bueiro em Maringá deverá ficar entre três ou quatro meses com um casal do Programa Família Acolhedora, projeto do Conselho Tutelar do Município. Batizado como João Miguel pelo Hospital Universitário (HU), ele foi encontrado ainda recém-nascido em 3 de janeiro, na Rua Rio São Francisco, no Jardim Oásis.

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Segundo o vice-presidente do Conselho Tutelar, Hudson Carlos dos Santos, a intenção do projeto é sempre deixar as crianças pelo menor tempo possível com as famílias provisórias. "Agora a situação dele depende dos trâmites judiciários", informou. "Dois anos é o tempo máximo, mas neste caso não passará de 3 ou 4 meses." O bebê está com a família desde a semana passada.

O Conselho Tutelar aguarda as investigações da Polícia Civil sobre a família do bebê. Caso avós ou tios não sejam localizados, ele será encaminhado para a adoção. "A prioridade é para algum avô ou tio que deseje se responsabilizar pelos cuidados que ele precisa", afirmou o vice-presidente.

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O casal responsável temporariamente por João Miguel receberá atendimento psiquiátrico durante o período, além de receber subsídios do governo para custear as despesas com o bebê. "As famílias do programa já sabem sobre o tempo de permanência das crianças que recebem, não vão se apegar."

Atualmente, Maringá conta 12 casais cadastrados no programa. Pessoas que se interessarem pelo projeto podem entrar em contato com o Conselho Tutelar pelo telefone (44) 3901-1130.

Investigações

A Polícia Civil já identificou três mulheres suspeitas de abandonar João Miguel no bueiro. Segundo o delegado responsável pelo setor de Homicídios, Alexandro Bonzatto, a polícia ainda aguarda receber da Prefeitura de Maringá os contatos das gestantes atendidas pelo setor de assistência social antes de seguir com as investigações.

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