Dicas dos bombeiros
- Não aconselhável bater no cão agressor;
- Não é aconselhável jogar água nele;
- Não se deve correr. O cão sempre vai correr mais do que você. Deve-se evitar ao máximo movimentos.
Confira a reportagem exibida no Fantástico.
Um cão da raça beagle de 8 anos foi atacado por pitbulls na manhã do dia 30, na Avenida Brasil, na Zona 3, em Maringá. A agressão foi gravada por câmeras de segurança e a orientação sobre como proceder nesses casos foi abordada no programa Fantástico, da Rede Globo, de domingo (8).
O casal de pitbulls fugiu de uma casa na vizinhança e estava solto na rua sem coleira. A comerciante Dirce Paiola passeava com o beagle Bisteca, que foi agredido, e seu outro cão, Chiquinho, como faz diariamente. Dirce pediu socorro e agentes da Secretaria Municipal de Transportes (Setran) vieram ajudá-la. "Eles [pitbulls] iam matar ele [Bisteca] rápido", conta Dirce.
Dois bombeiros especializados em operações com cães analisaram as imagens para a reportagem e afirmaram que não se deve ameaçar um cachorro desconhecido, na tentativa de afastá-lo. "De maneira nenhuma você vai encarar o cão ou fingir que está jogando alguma coisa nesse cão, porque, se o cão se sentir acuado e já estiver em matilha, a probabilidade de te atacar é muito grande", ensina o bombeiro.
Dirce tentou afastar os pitbulls. A reação, segundo ela, foi por instinto, quando se viu desesperada com as agressões sofridas por Bisteca. "Eu não pensei em nada. Eu só queria tirar ele [Bisteca] da boca do cachorro. Na hora, não pensei: é um pitbull. Eu tentei abrir a boca do cachorro e bati na cabeça dele", lembra.
Segundo os bombeiros, nunca se deve colocar a mão perto da boca de um cachorro desconhecido. O certo seria outra pessoa levantar as patas traseiras do cão agressor. "Quando o cachorro perde a base, ele automaticamente abre a boca. Ele vai abrir a mandíbula, porque já não tem mais base para morder", explicam eles.
Os agentes de trânsito da Setran, que chutaram os pitbulls, explicaram à reportagem que agiram em defesa da comerciante e do seu cachorro. "Não tinha outra solução no momento. Realmente era para resguardar a integridade física da senhora e do animal dela. Tanto que, após eles largarem o Bisteca, paramos a agressão. Foi simplesmente pra cessar o ataque."
Mais uma vez, os bombeiros acham que faltou informação sobre como lidar com cães agressivos. "Um cão de ataque não vai parar. Você vai agredir, ele não vai parar, ele é treinado para não cessar sua agressão. Então ele não vai parar nunca."
Bisteca ficou ferido no pescoço e na perna, mas está se recuperando. "Ele tomou uma dose cavalar de antibióticos de início e está tomando injeções por dez dias, além de fazer curativos", conta Dirce. Os agentes de trânsito e a dona do cão agredido ficaram amigos. O dono dos pitbulls disse à reportagem que vai aumentar a segurança da casa para que eles não fujam mais.
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