Governo está sofrendo desmonte
O governo do prefeito de Sarandi, Milton Martini (PP), está sofrendo um desmonte depois de ser acusado de cometer uma série de irregularidades, entre elas a compra de produtos agropecuários na loja de um ex-servidor. O PC do B anunciou nesta quinta-feira (3) que vai deixar os quatro cargos que ocupa na administração. O secretário de Meio Ambiente e presidente municipal do Democratas (DEM), José Luis de Almeida, diz que estuda adotar a mesma medida. Há mais de um mês o vice-prefeito, Carlos Alberto de Paula Junior(PDT), já havia abandonado a função de secretário de Planejamento.
A partir desta terça-feira (8), o prefeito de Sarandi, Milton Martini (PP), terá dez dias para explicar por escrito à Câmara de Vereadores as irregularidades de que é acusado, como a compra de produtos agropecuários na loja de um ex-servidor. A Comissão Processante (CP) instalada na Casa vai encaminhar nesta tarde uma notificação ao prefeito, comunicando-o das denúncias e estabelecendo esse prazo para a defesa.
Nestes dez dias, o prefeito deverá também indicar testemunhas e documentos para anexar ao processo que tramita na Câmara. Na sessão desta segunda-feira (7), a comissão contratou, mediante a aprovação do presidente da Casa, Cilas Moraes (DEM), o advogado Avanilson de Araújo para trabalhar no caso.
Segundo o Ministério Público, a administração de Martini está respondendo a 36 inquéritos que tramitam em segredo de Justiça. Por conta disso, no dia 30 de novembro, a Câmara Municipal aprovou a criação de uma Comissão Processante (CP) para investigar as supostas irregularidades. A CP é formada pelos vereadores Luiz Carlos Aguiar (PPS), Aparecido Bianco (PT) e José Roberto Grava (PSC) e terá prazo máximo de 90 dias para encerrar os trabalhos.
A comissão, vai, por exemplo, apurar se o ex-chefe de gabinete, Ailson Donizete de Carvalho, adquiriu na própria loja, sem licitação, dez bombas de passar veneno e 150 litros de herbicida, por R$ 8 mil. Carvalho foi demitido depois da compra. Os vereadores dizem ainda que outras denúncias, inclusive de corrupção, têm chegado à Câmara, mas em todos os casos há dificuldade de acesso aos documentos.
O prefeito Milton Martin (PP) fez, na última segunda-feira (30), uma reunião para se defender das acusações. Ele mostrou documentos e cópias de cheques da compra. "Não tínhamos conhecimento (de quem era o dono da loja) e fizemos o processo de dispensa da licitação de forma legal. Assim que ficamos sabendo, foi devolvido o dinheiro aos cofres públicos", disse na oportunidade. Desde então ele não está mais se manifestando sobre o assunto.
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