Aproximadamente 100 vigilantes de Maringá devem paralisar suas atividades nesta segunda-feira (2). Em todo o Paraná, funcionários responsáveis pela segurança bancária, industrial e de transporte de valores também estão em greve.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Maringá, José Maria da Silva, existem na cidade mais de 500 trabalhadores nesta área. "Hoje 1/5 deles deve aderir ao movimento, mas vamos iniciar um trabalho de conscientização nos bancos, instituições públicas e empresas para que os companheiros entrem em greve também. Nosso objetivo é atingir 90% dos sindicalizados até o final da semana", afirma.
Silva ressalta que muitos vigilantes estão com medo de aderir à greve, com receio de perder seus empregos. "Eles estão sendo ameaçados, mas nós vamos trabalhar para que a união vença o medo", afirma.
O sindicato paranaense resolveu entrar em greve após uma assembleia na noite de quinta-feira (29). Eles exigem 11% de aumento salarial no piso (que atualmente é de R$ 951), R$ 15 de vale alimentação, um aumento de 15% no adicional relativo ao risco de vida e uma hora de intervalo para alimentação.
Em nota, assinada pelo presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp-PR), Jeferson Furlan Nazário, o sindicato patronal afirma que a proposta de reajuste é de 7% sobre o piso salarial, adicional de risco, seguro saúde e vale creche, além de 10% de aumento no tíquete refeição. Os índices superam a inflação projetada para o período de 1º de fevereiro de 2008 a 31 de janeiro de 2009, garante o sindicato.
O Sindesp-PR alega que o reajuste além do proposto não estaria conectado a realidade do país dentro da atual crise econômica mundial. "Contando com a compreensão da população e dos nossos contratantes, pedimos aos nossos colaboradores (vigilantes) que reflitam sobre a proposta feita e atentem para o esforço das empresas em manter o nível de emprego do setor", conclui o presidente.
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