A prefeitura quer retirar 5 mil árvores das ruas de Maringá em 2009
- RPC TV
Até pouco tempo, os maringaenses ficavam em alerta quando chovia forte, pois eram sinais de que árvores cairiam no meio da rua. Atualmente, no entanto, não é necessário haver rajadas de ventos ou trovoadas para que elas caiam. Só nesta semana a Secretaria de Serviços Públicos registrou sete quedas. Apesar de não deixar feridos, os transtornos são muitos: na segunda-feira (19) a Avenida Brasil ficou interditada por quase três horas e nesta quarta-feira (21) outra via importante da cidade, a Avenida Mauá, ficou interrompida durante a manhã por causa da queda de uma árvore.
De acordo com um levantamento feito pela prefeitura em 2006, Maringá possui cerca de 130 mil árvores, mas 30% delas estão condenadas. "Os motivos são vários. Falta de área permeável, a não existência de calçadas ecológicas que deem espaço para o crescimento das raízes, a presença de doenças, cupins, e o próprio vandalismo contribuem para a sua fragilidade", explicou o engenheiro agrônomo Eduardo Ecker, em entrevista ao Paraná TV 1ª. Edição.
Segundo o secretário municipal de Serviços Públicos, Vagner Mussio, o problema da queda de árvores em Maringá não é recente. Ele explica que as características da cidade as deixam mais fragilizadas. "Em seu habitat, que são as florestas, a expectativa de vida delas está entre 50 e 100 anos. No perímetro urbano elas chegam no máximo a 35 anos. Elas ficam menos suscetíveis em razão do corte de suas raízes, da realização de obras na rede de esgoto, fios de energia elétrica, podas. As chuvas, umidade e o peso nas folhas pela quantidade de água, acabam favorecendo as quedas, mesmo sem ventos fortes", explica.
De acordo com o secretário, o monitoramente das árvores é feito diariamente, por meio dos pedidos pelo telefone 156, e também por uma equipe de engenheiros que percorrem a cidade observando a situação das plantas. "Os peritos analisam se elas apresentam riscos, verificam se as raízes estão acima do nível da calçada, se estão inclinadas, entre outros quesitos. Quando uma árvore oferece perigo, ela é removida, mesmo sem o pedido do morador", diz.
Em 2008 foram retiradas entre 2.800 a 3 mil árvores em Maringá. Mais de 6 mil foram replantadas. "Em 2009 pretendemos zerar a fila de árvores para remoção. Temos mais de 10 mil pedidos e dois mil deles já foram analisados e aprovados. Ampliamos a equipe e em fevereiro abriremos licitação para contratar quatro empresas que farão esses trabalhos. Nossa intenção é retirar em torno de 5 mil árvores esse ano", definiu Mussio.
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