Chuva forte deixa oito desalojados em Sarandi

Oito pessoas de três famílias tiveram que deixar as casas deles depois que o Corpo de Bombeiros de Sarandi (região metropolitana de Maringá) interditou as residências, no Jardim Nova Independência, em razão das fortes chuvas que caíram na região na manhã desta segunda-feira (19). Como o município não possui abrigo para adultos, os moradores, entre eles quatro crianças, vão ficar na casa de parentes até que a situação seja regularizada.

Segundo Luana de Souza Carnietto, assistente social da prefeitura de Sarandi, os moradores concordaram em ir todos para casa de parentes para que as crianças não ficassem sozinhas no abrigo. "Enquanto estiverem na casa de familiares vamos providenciar auxílio alimentação para as famílias", disse ela. A prefeitura estuda também incluir as famílias no programa de habitação de Sarandi, que está entregando casas populares. Mas isso depende de muita negociação, pois depende da desistência de outras famílias que já foram selecionadas.

Uma moça grávida também está entre os desalojados. Segundo a prefeitura, a ocupação do terreno era irregular. De acordo com tenente Henrique de Sá, do Corpo de Bombeiros, são três casas geminadas, localizadas no Jardim Nova Independência, que estão a uma distância de um metro de um barranco e correm o risco de desabar. "As chuvas de toda a cidade são levadas para esse local. As águas arrastaram uma grande quantidade de terra, abrindo ainda mais a valeta", disse o cabo Wladimir Faria.

Mais estragos

Outras duas casas foram atingidas pela queda de uma árvore em Sarandi nesta manhã, segundo o tenente Henrique de Sá. Felizmente, o incidente não fez vitimas, apenas uns poucos danos materiais. Na primeira, a árvore simplesmente derrubou uma antena de televisão. Já na segunda, os galhos caíram sobre uma varanda e acabaram quebrando cerca de 10 telhas. "São árvores antigas que não tinham mais sustentação", afirmou o tenente.

No Jardim Nova Paulista a fossa de uma casa desabou também por causa da chuva e o Corpo de Bombeiros interditou apenas parte da residência. "Uma cozinha e uma garagem que era utilizada como quarto foram desocupados", disse Sá. Contudo nesse caso, o problema foi causado por má conservação do terreno e a responsabilidade é do proprietário. Ninguém precisou deixar a casa e o dono foi orientado a fazer o aterro.