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Os atropelamentos nas rodovias da região de Maringá em locais próximos a passarelas já superam, em 2010, as estatísticas do mesmo período de 2009. No ano passado, até o mês de junho, 17 pessoas foram atropeladas e 8 morreram. Este ano já são 24 acidentes com 11 mortes. O número preocupa, pois todas essas mortes poderiam ser evitadas se as pessoas andassem apenas mais alguns metros e utilizassem a passagem segura.
"Todos [os acidentes] são em locais de perímetro urbano, próximos a passarelas, onde o pedestre poderia atravessar pela passarela e o motorista poderia usar uma velocidade mais compatível com a via", disse Ronaldo Parpinelli, supervisor da Viapar.
A equipe de reportagem do Paraná TV flagrou várias pessoas atravessando as rodovias, muitas vezes correndo para escapar dos carros. Para encurtar distâncias, os pedestres enfrentam o trânsito pesado e ligeiro das rodovias que cortam as cidades, mas o atalho geralmente não é o caminho mais seguro. Até mesmo os ciclistas e mulheres com crianças optam pela travessia de risco.
O levantamento revelou também que, nas manhãs e nos fins de tarde, ocorre o maior número de atropelamentos, momento em que aumenta o tráfego de veículos e de pessoas a pé que estão se dirigindo para escolas e para o trabalho.
"É muito perigoso, mas a passarela estava um pouco longe", disse a dona de casa Sueli da Silva, abordada pela reportagem do Paraná TV, após cruzar a rodovia.
Ritmo de mortes no trânsito é o maior em 8 anos
A atual média mensal de mortes no trânsito de Maringá é a maior dos últimos oito anos. Entre janeiro e junho deste ano, houve 52 mortos em acidentes média de 8,5 casos por mês. A quantidade de vítimas já é próxima da registrada em todo o ano passado, quando 58 pessoas morreram nas vias maringaenses, o que resulta em uma média mensal de 4,8. Os dados são da Secretaria de Transportes (Setran), que não disponibilizou, em seu site, informações anteriores a 2002.