A dengue continua crescendo em Maringá e atingiu, nesta sexta-feira (23), o status de epidemia. Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que a cidade já contabiliza 998 casos eram necessários 990 para que o quadro se configurasse. O município, porém, informa que não irá alterar a estratégia de confirmação dos casos, o que ocorre quando se chega a uma epidemia.
A mudança em questão é o descarte de exames clínicos em pacientes que apresentem pelo menos três sintomas da doença, como dor muscular, dos nos olhos e cansaço. Nesses casos, a doença é confirmada automaticamente. Porém, a cidade optou por manter o procedimento convencional, que realiza exames de forma universal, porque o número de notificações, embora crescente, está aumentando em ritmo controlado.
Além disso, não há uma região da cidade que concentre parte significativa dos casos. "Acreditamos que é importante seguir fazendo os exames e continuar mapeando, caso a caso, a evolução da doença", diz o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi.
Ele acrescenta que, desde o início do ano, quando os primeiros casos da doença começaram a surgir, a Prefeitura adota uma postura radical de combate à doença, com a atuação de agentes de combate ao mosquito, mutirões e campanhas de conscientização, entre outras ações.
Os dados divulgados nesta sexta-feira (23) mostram ainda que houve 4,7 mil notificações e um óbito.
Dois anos de trégua
A cidade volta a enfrentar uma epidemia depois de dois anos. Em 2008 e 2009, registrou-se somente 54 e 69 casos, respectivamente. Em 2007, a cidade registrou quase 6 mil casos. A epidemia se configura quando há mais de 3 casos para cada mil habitantes, conforme cálculo de autoridades sanitárias.
Nardi explica a volta da epidemia dizendo que a doença é cíclica e, a cada dois ou três anos, surge com força. Diz ainda que, conforme a doença fica sob controle, a população tende a se acomodar, o que contribuindo para o surgimento de focos do mosquito transmissor nos anos seguintes.
O secretário destaca que o problema não está restrito a Maringá, mas afeta também o estado todo. Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o Paraná teve, até o último dia 15, 6.356 casos confirmados e 22.883 casos suspeitos. Houve 5 óbitos.
Nardi diz ainda que a evolução da doença neste ano está mais lenta do que em 2007, ano da última epidemia.
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