Os presos começaram a ser transferidos para outras cadeias ainda na tarde desta segunda-feira (30)
- RPC TV Cultura
A cadeia de Ivaiporã foi interditada, na manhã desta segunda-feira (30), pela juíza titular do município, Adriana Marques dos Santos. O motivo é o estado da carceragem, que foi quase inteiramente destruída por muitos dos 164 presos, durante rebelião na noite de domingo (29). Até o início da noite, 15 já haviam sido transferidos.
Durante o motim, que durou aproximadamente seis horas, os presos quebraram portas, grades e parte das instalações elétricas e hidráulicas. Dois presos ficaram levemente feridos um deles teve parte da orelha cortada com um pedaço de serra. Os detentos se rebelaram por conta da superlotação na delegacia e após o novo delegado Antônio Silvio Cardoso, que assumiu o cargo no último dia 13, mandar retirar do interior da carceragem televisores, um deles 29 polegadas, e oito geladeiras.
"Como não havia espaço nem mesmo para os próprios detentos, os refrigeradores foram retirados", lembrou Cardoso, que não soube informar como esses eletrodomésticos entraram na carceragem. "Quando assumi o cargo, esse material já estava nas celas". Segundo Cardoso, após a rebelião, apenas o solário permaneceu intacto. "A carceragem não tem mais estrutura para abrigar os presos. Eles irão passar a noite no solário sendo vigiados por policiais militares e no máximo até o início da tarde de terça-feira (31), serão transferidos para delegacia da região".
Na tarde desta segunda (30), 15 detentos que participaram como mentores da rebelião foram transferidos para a delegacia de Apucarana. "Nas próximas horas mais quatro serão levados para Telêmaco Borba e o restante será transferido na medida em que surgir vagas". Cardoso ainda não calculou quanto deverá gastar para reformar o que foi destruído pelos presos. "Por enquanto não há como fazer cálculos, mas a estrutura ficou comprometida".
Mesmo sem espaço, a cadeia de Apucarana confirmou que vai receber 15 presos de Ivaiporã. Em Apucarana, a capacidade é de 80 presos, mas a cadeia abriga quase 200. Em Ivaiporã não é diferente. Deveria haver, no máximo, 40 presos, mas, na realidade, havia quase 160. Na manhã desta segunda-feira (30), os presos ficaram no pátio da cadeia, vigiados por vários dos 70 policiais que foram acionados para controlar a rebelião na noite de domingo (29) 51 deles eram militares, dos postos de Ivaiporã, Apucarana e Londrina. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) não se pronunciou sobre o assunto até o fim da tarde desta segunda-feira (30).
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