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A história conta que os primeiros gados franqueiros foram domesticados no Egito Antigo, há mais de 6 mil anos. Essa longa linha do tempo, no entanto, é bem curta quando vista aos olhos paranaenses. Não fosse um senhor de 80 anos, a vinda do "chifrudo" ao estado não teria sido concretizada. São pouco mais de 1 mil em todo país, apenas 17 são registrados no Paraná. Seis deles têm despertado a curiosidade dos visitantes da 41ª Expoingá.
Os franqueiros em exposição na feira agropecuária de Maringá são criados na Fazenda Gaúcha, em Braganey, de propriedade de Edgar Luiz Fedrizzi, o homem responsável por trazer a espécie ao Paraná. "Na juventude, meu pai foi tropeiro e teve contato com esses animais. Comentava sempre de um tal gado chifrudo que não era encontrado no Paraná", lembrou Edgar Luiz Fedrizzi Filho, 55 anos.
Há seis anos, durante uma edição da Expointer, em Esteio (RS), Fedrizzi Filho resolveu realizar o sonho do pai. "Comprei alguns cavalos e, para completar a carga, trouxe nove espécies [do franqueiro]", lembrou. Desde então os animais são criados pela família com o objetivo de procriar a espécie, tornando-a conhecida no Brasil. "Não temos interesses comerciais. Já me ofereceram em um casal valores que se aproximam de um bom carro, mas não vendo não."
Segundo Fedrizzi Filho, a Fazenda Gaúcha tem 26 franqueiros. Apenas uma vaca morreu desde que trouxeram a espécie ao Paraná foi atropelada. Todos os animais estão registrados na Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Franqueiros (ABBF). Chifres e resistência
Os gados franqueiros impressionam por duas características típicas. A primeira é o chifre, que chega a dois metros quando medido de uma ponta à outra. A segunda peculiaridade é a resistência do animal, que era usado pelos egípcios em trabalhos no deserto. "Esse animal não tem frescura alguma", brincou Jair José Bueno, tratador dos animais expostos em Maringá.
O franqueiro tem aparência de durão, bravo e assusta mais que o famoso "boi da cara preta", vilão das cantigas de ninar. Mas Bueno garante que a "braveza" só fica na aparência. "O animal é um dos mais calmos que já cuidei. É bem manso e chama a atenção de todo mundo que passa por aqui", disse. As espécies estão no Pavilhão Gilberto Valias, na ala A.