A rede de lojas Dudony colocou à venda as 11 lojas do grupo no estado de São Paulo. Esse é o primeiro passo depois que a empresa protocolou o plano de recuperação judicial na 1ª Vara Cível de Maringá, na quinta-feira (19). O objetivo do negócio é adquirir capital de giro e reduzir o custo operacional de varejo. As unidades que serão negociadas ficam nas cidades de Assis, Bauru, Botucatu, Cândido Mota, Ibitinga, Lençóis Paulista, Lins, Marília, Ourinhos, São Manoel e Tupã.
De acordo com o assessor jurídico da Dudony, Cleverson Colombo, o custo operacional no estado de São Paulo é muito elevado, principalmente a logística. "Vamos, com isso, também gerar caixa para pagar os credores", afirmou. As 11 lojas no estado vizinho fazem parte do total de 110 da rede. A empresa designou um representante para tratar da negociação das unidades paulistas, mas até o momento não existem interessados.
Agora a Dudony espera que o juizado cível marque a data da assembleia de credores, o que deve ocorrer no fim do mês de abril, explicou Colombo. Na ocasião, os 225 credores da rede serão convocados para avaliar e votar a aprovação do plano de recuperação judicial. Do total, 85 deles têm dívidas que somam no máximo R$ 20 mil e devem receber os valores logo após a aprovação do plano. "A empresa entende que existe uma questão social no pagamento dessas dívidas menores", afirmou Colombo.
A dívida que a rede lojas Dudony, com sede em Maringá, tem com seus credores ultrapassa os R$ 100 milhões. O valor foi divulgado no Diário de Justiça do Estado do Paraná no dia 24 de dezembro. O documento, elaborado pelo juiz Mario Seto Takeguma, da 1ª Vara Cível de Maringá, informa que a empresa deve dinheiro para bancos, fabricantes de eletrodomésticos, empresas de telefonia e pessoas físicas. A rede entrou com pedido de recuperação judicial no dia 19 de dezembro.
O valor total da dívida é de R$ 104.919.331,00, os três maiores credores são os Bancos Cacique (R$ 17,6 Milhões), Fibra (R$ 11,8 milhões) e o Industrial (R$ 5,5 milhões), seguido do Itaú (R$ 5 milhões). Caso o processo de recuperação judicial não seja aceito, será decretada a falência da empresa e o patrimônio pode ser colocado à venda para quitar a dívida com os credores.
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