1 de 2
A Galo Terror, criada em 1989, está com bandeiras e faixas guardadas
2 de 2
A torcida já promoveu grandes festas nas arquibancadas do Estádio Willie Davids
Mais do que bons resultados em campo, os times de Maringá terão como desafio no ano que vem reconquistar os torcedores da cidade, desconfiados com tantas mudanças no futebol local. "Tinha muita gente que acompanhava o futebol daqui, mas, como a cada ano a cidade vai mudando de time, o povo foi desanimando", conta o torcedor Kleber Aparecido de Carvalho, presidente da Torcida Organizada Galo Terror.
A torcida foi criada em 1989 para apoiar o Grêmio Maringá, mas teve de se adaptar e já torceu pelo Galo Maringá e, mais recentemente, pelo Adap Galo Maringá. "A gente nasceu para defender o Grêmio, mas, como os times não duram, acabamos torcendo pelo município mesmo", explica Gustavo Bordini, diretor de bateria da torcida.
Os instrumentos musicais, as faixas e bandeiras da agremiação estão guardadas na casa dos torcedores, sem uso. Há inclusive uma faixa cuja pintura que não foi concluída, já que no início do ano o Adap Galo Maringá desistiu de participar do Campeonato Paranaense e frustrou a torcida, que preparava novos materiais.
Um dos caminhos para atrair novamente os torcedores ao estádio é usar o preto e o branco, cores tradicionais do futebol local. Por coincidência, essas são as mesmas cores do Engenheiro Beltrão, que precisará trocar apenas o nome para adquirir uma identidade maringaense.
"Certamente haverá mudança [de nome]. Fica esquisito jogar em Maringá com o nome de outra cidade", diz o presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares. Questionado se o novo nome do time poderia ser Galo do Norte, boato que circula pela cidade, Linhares diz que não pode confirmar a informação, mas ressalva que "onde há fumaça, há fogo."
Os torcedores se mostram indecisos. Bordini afirma que, na Galo Terror, há preferência pelo Grêmio Maringá (veja box ao lado), mas acrescenta que o grupo se opõe à atual gestão do time. Apoiar o Engenheiro Beltrão, segundo ele, é uma opção que tem força entre os torcedores.
O Maringá Iguatemi, que veio em 2007 de Pitanga, usa preto e amarelo, não atraiu a simpatia dos torcedores. "Não queremos usar preto e branco para enganar o torcedor de Maringá", diz o fundador do time, o ex-jogador Samuel Lima da Silva.
Há outras duas torcidas organizadas na cidade: a Torcida Fúria Alvinegra (fundada em 2006) e a Torcida Jovem (criada em 2007), cujos representantes não foram localizados pela reportagem.
