Governo do Paraná determina suspensão de aulas nas universidades e faculdades estaduais
O governador Roberto Requião (PMDB) determinou no fim da manhã desta quinta-feira (30) a suspensão das aulas das seis universidades e sete faculdades estaduais do Paraná. A decisão foi encaminhada via ofício pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Seti) às instituições de ensino. O documento é assinado pela titular da pasta, Lygia Lumina Pupatto.
Escolas municipais adotam medidas de controle da gripe A
A Secretaria de Educação de Maringá divulgou na tarde desta quinta-feira (30), que está adotando todos os procedimentos indicados pelo Ministério da Saúde, para evitar casos da gripe A (H1N1) nas escolas do município. De acordo com a secretária de educação Márcia Socreppa, equipes do órgão e da Secretaria de Saúde estão orientando os responsáveis pelos alunos para que evitem deixar os estudantes com sintomas de gripe frequentem as aulas.
Márcia explicou que além da orientação repassada aos pais, os alunos também estão recebendo informações sobre os cuidados com a higiene pessoal. Segundo a secretária, álcool em gel nas salas e sabão especial nos banheiros já foram entregues nas instituições. De acordo com a Secretaria de Saúde, até esta quinta-feira (30) não foi registrado nenhum caso de aluno com sintomas que necessitasse de encaminhamento médico. Leia matéria completa
Ao contrário dos colégios estaduais e das principais universidades da cidade, que suspenderam nesta quinta (30) as aulas por conta do crescimento da gripe A (H1N1) no Paraná, as escolas da rede municipal de Maringá mantêm as aulas nesta semana.
O município tem 41 Centros Municipais Educação Infantil (CMEI) e 40 escolas municipais, além de núcleos de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa estrutura atende a cerca de 23 mil estudantes.
A manutenção das aulas é defendida pelo secretário de Saúde de Maringá e presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasens), Antonio Carlos Nardi. "A situação está sob controle em Maringá. Não vemos necessidade de nenhuma escola interromper suas aulas."
Ele destaca que o próprio Ministério da Saúde não recomenda o fechamento das escolas. Essa posição, segundo Nardi, é constantemente reavaliada, e pode mudar conforme o crescimento da doença.
Nardi está desde quarta (30) em Brasília, onde discute, com representantes do Ministério da Saúde e secretários estaduais da área, os procedimentos adotados no atendimento de casos suspeitos e confirmados da doença.
Medidas de precaução
Apesar da manutenção das aulas, algumas medidas de precaução foram tomadas pelas secretarias municipais da Educação e da Saúde. Além de orientar os alunos com informações sobre cuidados pessoais para evitar a doença, foram disponibilizados álcool em gel nas salas e sabão especial nos banheiros. Salas e demais ambientes frequentados por alunos são mantidos abertos durante o expediente.
A secretaria da Saúde informa que até esta quinta não houve necessidade de encaminhar nenhum estudante aos postos de saúde por conta da suspeita da doença. Maringá já teve 116 casos suspeitos da nova gripe e apenas dois confirmados.
Rede particular
A rede particular de ensino de Maringá irá tomar uma decisão sobre o assunto à tarde. A partir das 17h, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Estado do Paraná (Sinepe/NOPR) promove uma assembleia com os diretores das escolas filiadas para discutir a possibilidade de suspensão das aulas.
O Sinepe/NOPR informa que há cerca de 350 escolas particulares na região, entre as quais 85 são filiadas ao sindicato. Diretores de pelo menos 30 escolas já confirmaram participação na assembleia.
"Nós entendemos que a situação está tranquila na cidade, mas estamos em alerta, porque diversas universidades já suspenderam as aulas", afirma o presidente do Sinepe/NOPR, José Carlos Barbieri.