Família de vítimas se queixa do trabalho dos bombeiros
Em entrevista ao Jornal de Maringá, Rafael Cervi, marido de Dayana e pai de Felipe e Taís, mortos no incêndio, diz acreditar que houve falta de preparo e empenho dos bombeiros que trabalharam no incêndio. Cervi também falou sobre a estrutura do prédio, que era antigo e não tinha extintores, e deu detalhes das conversas que teve com Dayana durante o incêndio.
Brigada de Fogo rebate críticas sobre atendimento às vítimas
O bombeiro Ron Dobson, da Brigada de Fogo de Londres, se manifestou, por meio de um comunicado, sobre como foi o resgate das vítimas do incêndio, no prédio residencial Camberwell, Sul de Londres. Segundo o oficial, críticas sobre o trabalho dos bombeiros e especulações feitas sobre a estrutura do prédio são incorretas. O comunicado foi feito nesta terça-feira (7). Seis pessoas morreram, entre elas, três paranaenses: Dayana Francisquini Cervi, 25 anos, e os filhos, Felipe, 4, e Thaís, 7.
A família e amigos dos paranaenses que morreram no incêndio que atingiu um prédio residencial no Sul de Londres, na sexta-feira (3), conseguiram o dinheiro necessário para o translado dos corpos ao Brasil. Agora, são esperados os resultados das necropsias para que as vítimas sejam levadas para Curitiba, onde devem ser sepultadas. Apenas um laudo já ficou pronto. É o de Felipe, 4 anos, que, segundo a perícia, morreu por asfixia. As causas das mortes de, Dayana Francisquini Cervi, 25, e da filha dela, Thaís, 7, ainda não foram concluídas.
Na busca por conseguir dinheiro para trazer os corpos de Dayana e dos filhos dela para o Brasil, a família chegou a divulgar uma conta bancária para arrecadar dinheiro, na segunda-feira (6). Porém, a colaboração veio da comunidade londrina e de amigos brasileiros que se comoveram com a tragédia. "Conseguimos também um valor mais barato com outras funerárias e conseguimos o dinheiro para levar nossos parentes para Curitiba", disse a cunhada de Dayana, Aqueliny Ferreira, que mora em Londres.
Ela não soube dizer qual o valor arrecadado, mas afirmou que se trata de um preço mais barato do que as primeiras funerárias informaram: 15 mil libras cerca de R$ 45 mil, por corpo.
De acordo com Aqueliny, os corpos dos parentes continuam em um necrotério londrino para conclusão da perícia e por causa da investigação ainda não há uma data definida para que sejam trazidos ao Brasil. As informações sobre os exames, investigação das causas do incêndio e a possível liberação dos corpos das vítimas estão sendo repassadas por uma assistente social da polícia londrina a Rafael Cervi (marido de Dayana). "Ele não para em casa e está acompanhando tudo junto com a assistente social que tem colaborado muito", contou a cunhada de Dayana.
Aqueliny, assim como fez Cervi na segunda (6), criticou o Consulado do Brasil, em Londres, e o governo brasileiro por não ter ajudado a família num momento tão trágico. "Se não fosse a colaboração das pessoas daqui nos ajudar não sei o que poderia acontecer. Nosso país não ajudou os próprios filhos da pátria", lamentou.
Aqueliny espera que os corpos sejam liberados o mais rápido possível para que possam retornar ao Brasil. "Foi uma tragédia terrível e estamos todos comovidos. Agradeço ao nosso bom Deus que fez com que conseguíssemos o dinheiro necessário para sepultar nossos parentes no Brasil", disse.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) voltou a informar que não teria previsão orçamentária nem meios administrativos que pudessem ajudar no translado dos corpos. Procurado pela reportagem, via telefone e e-mail, o Consulado do Brasil em Londres não se manifesta sobre o assunto.
Missa na quinta-feira
Nesta quinta-feira (9) a família solicitou a celebração de uma missa em homenagem aos três que morreram de forma trágica.
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