O movimento de público durante a Expoingá se tornou um prato cheio para os flanelinhas. Eles cobram de R$ 10 a R$ 15 para cuidar de veículos estacionados. Muitas vezes, induzem também os motoristas a pararem em locais proibidos e em canteiros no entorno do Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro nestes casos, quem perde são os condutores, que, além de desembolsar o valor pedido pelos flanelinhas, ficam sujeitos a multas da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo a PRF, responsável pela fiscalização na Avenida Colombo, estacionar em canteiros ou calçadas gera multa grave de R$ 127 e mais cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, a PRF tem autoridade para guinchar os carros irregulares. "Os motoristas acabam sendo induzido por flanelinhas", lamentou o policial rodoviário Ricardo Mota.
Os flanelinhas também agem na Avenida Guaiapó e na Rua Haiti, que ficam no entorno do parque. Nessas outras áreas a fiscalização cabe à Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans). "No canteiro central, a pessoa paga para o flanelinha e vai ter pagar mais a multa para a polícia ou para o Município", alertou o secretário da pasta, Ademar Schiavone. "Só não podemos guinchar como a PRF."
Schiavone explicou que a atuação dos flanelinhas é um problema antigo das grandes cidades do país. "Os flanelinhas estão mandando em pontos da cidade, mas a nossa intenção é acabar com essa prática", adiantou. Apesar da postura firme do secretário, a reportagem avistou flanelinhas agindo a menos de 50 metros de funcionários da Setrans.
Durante os sete primeiros dias da feira, a segunda-feira (13) foi o dia mais movimentado no parque e nos estacionamentos irregulares. O público beirou os 100 mil visitantes e moradores da região disseram ter avistado inúmeros carros em canteiros e calçadas.