Cerca de 20 funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entraram em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (5) em diversas cidades do Paraná, incluindo Maringá. Com isso, serviços como a emissão de carteiras de trabalho e pedidos ou desbloqueios de seguro-desemprego estão suspensos. A paralisação tem caráter nacional e, no estado, atinge ainda cidades como Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Cascavel e Foz do Iguaçu. Os trabalhadores pressionam o governo para a criação de um plano de carreira.
A greve é feita somente por funcionários do setor administrativo, que representam aproximadamente metade do efetivo do MTE em Maringá. Há cerca de 20 auditores fiscais que seguem trabalho. Os grevistas estão em frente à gerência regional do órgão na cidade, distribuindo uma carta que explica os motivos da paralisação.
Quem deseja dar entrada no pedido de seguro-desemprego deve procurar a Agência do Trabalhador, que fica na Rua Joubert de Carvalho, 675. O órgão distribui 60 senhas por dia, embora cerca de 200 pessoas procurem o serviço diariamente. Mais informações são fornecidas pelo telefone: 3269-6958. Não há alternativa para quem precisa emitir a carteira de trabalho.
Antes da greve, os funcionários do MTE fizeram paralisações, de 24 e 48 horas, em agosto, setembro e outubro. De acordo com o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Previdência, Saúde, Trabalho e Ação Social no Paraná (Sindprevs), Ruy João dos Santos, o movimento deve crescer nos próximos dias. "Já atingimos as principais cidades do estado e agora vamos trabalhar no sentido de sensibilizar colegas de cidades menores."
A principal reivindicação dos servidores é um plano de carreira, projeto que já teria sido enviado ao Ministério do Planejamento. Eles pedem também dois turnos de seis horas para manter a jornada de trabalho com 12 horas de atendimento, além de convocação dos aprovados no último concurso. "Este ano já está terminando e sabemos que no ano que vem não conseguiremos negociar com o governo, pois será ano eleitoral."
Paraná
Em todo o Paraná, trabalham cerca de 200 servidores do Ministério do Trabalho, lotados nas gerências de Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Cascavel. De acordo com o Sindprevs, a paralisação atinge todas as regiões do estado. No país, a categoria deflagrou greve em 15 estados.
Procurada pela reportagem da Gazeta da Povo, o Ministério do Trabalho e Emprego informou, por meio da assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre a greve. O Ministério do Planejamento, responsável pelas negociações com os servidores, também foi contatada. Até as 10 horas a reportagem aguardava um posicionamento do órgão.