Agências fechadas em Maringá nesta quinta-feira
14 do Bradesco
11 do Itaú
10 do Banco do Brasil
9 da Caixa Econômica Federal (CEF)
9 do Santander
6 de bancos não nomeados
4 do HSBC
A greve dos bancários completa uma semana nesta quinta-feira (26) permeada por problemas no atendimento básico à população em Maringá. No período, o Procon já aplicou R$ 1,3 milhão em multas a sete agências locais. De acordo com o sindicato regional da categoria, 63 agências estão paralisadas na cidade. Na região, são 122 de um total de 136.
"As irregularidades detectadas [na primeira semana da greve] se referem à falta de auxiliar para orientar a utilização do autoatendimento; a desativação de alguns serviços dos caixas eletrônicos, como o saque, o depósito e a transferência eletrônica; e até a não disponibilização de envelopes para depósitos", citou o diretor do Procon em Maringá, João Luiz Agner Regiani.
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Carlos Roberto Rodrigues, disse que os atendimentos básicos são mantidos e que os bancários vão lutar para anular as multas do Procon.
Até o momento, apenas as agências que ficam no interior de estabelecimentos públicos, como na Prefeitura e no Hospital Universitário (HU), funcionam, mas apenas para trabalhos internos, sem atendimento ao público. Nos demais bancos, as operações essenciais são feitas pelos caixas eletrônicos ou pela internet, mas com restrições quanto ao valor das transações.
Rodrigues contou que muitos clientes de Maringá driblaram a greve usando as agências de cidades menores, que possuem poucos funcionários e não estavam fechadas. Como o fluxo aumentou nesses locais, os bancos fecharam por questão de segurança. "Agências como as de Paiçandu não suportam tanta demanda", alertou.
Reivindicação dos bancários
Entre as reivindicações dos bancários estão o aumento de 11,93% nos salários (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%); maior participação sobre lucros e resultados; fim das metas abusivas - exigências de mínimo de venda de produtos do banco pelos funcionários; e fim do processo de terceirização nas agências.
Eles também buscam um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como o mínimo necessário para que o trabalhador possa pagar despesas básicas.
Nesta quinta-feira (26), o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), deve se reunir em São Paulo para criar uma nova proposta e apresentar para a Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban).
Segundo o sindicato maringaense, novidades podem surgir no final de semana. "Enquanto não houver acertos, a ordem é de que a greve permaneça por tempo indeterminado", afirmou o presidente da entidade, Claudecir de Souza.