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Consumidores têm de buscar alternativas para pagar contas

A paralisação não isenta o consumidor de pagar as contas dentro do prazo estipulado pelo credor. Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando.

Caso não seja possível utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, entre outros.

A greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras. O pagamento de contas de serviços públicos, como água, luz e telefone, pode ser feito em casas lotéricas e em alguns supermercados.

Comprovantes

O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. "No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo", diz o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec).

Contas em atraso

Para quem tem conta como luz, água, telefone e gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.

As greves dos bancários e dos funcionários dos Correios continuam nesta sexta-feira (20) na região de Maringá. No total, 95 das 136 agências bancárias interromperam o atendimento, entre as quais as 63 de Maringá. No caso dos Correios, a adesão chegou a quase 50% somente na cidade.

Nesta sexta-feira (20), não houve atendimento em quatro unidades bancárias de Paiçandu; em duas de Itambé e em uma de São Jorge. As agências de Marialva, Sarandi, Astorga e Mandaguaçu já estavam fechadas desde quinta-feira (19). Apesar do movimento dos bancários, os caixas eletrônicos funcionam normalmente para atender aposentados, pensionistas e quem precisa fazer pequenos saques.

"Aproximadamente 1,7 mil bancários estão parados. A greve está forte, com adesão quase que unânime", informou o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Claudecir de Souza. Cerca de 1,9 mil bancários atuam na região, 1.450 em Maringá. As cooperativas de crédito, como Sicoob e Sicredi, não integram a paralisação.

Entre as reivindicações dos bancários estão o aumento de 11,93% nos salários (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%); maior participação sobre lucros e resultados; fim das metas abusivas - exigências de mínimo de venda de produtos do banco pelos funcionários; e fim do processo de terceirização nas agências.

Eles também buscam um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como o mínimo para que o trabalhador possa pagar despesas básicas.

Quase 50% dos funcionários dos Correios aderiram à greve

O terceiro dia da greve dos Correios começou com adesão de quase 50% dos servidores em Maringá. O balanço foi divulgado na manhã desta sexta-feira (20) pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR).

No Município, os Correios contam com cerca de 200 funcionários. De acordo com o coordenador regional do Sintcom-PR, Fabiano Perina Celestino, a estimativa é de que pelo menos 90 funcionários estão com as atividades paralisadas.

Todas as agências em Maringá estão abertas, mas alguns serviços estão comprometidos . "Clientes que se sentirem prejudicados por conta da falta de entrega das correspondências podem procurar as agências dos correios para fazer a retirada do documento", explicou Celestino.

Os funcionários pedem um aumento de 35% nos salários como ganho real e 7,7% de ganhos sobre a inflação. A empresa ofereceu reajuste próximo a 8% sobre o salário e de 6,27% sobre os benefícios, o que não foi aceito. Os grevistas de Maringá também querem mais segurança. A categoria alerta que é constantemente assaltada porque faz serviços para bancos. De acordo com o Sintcom, até o momento, a empresa não ofereceu nenhuma proposta e também não sinalizou possibilidades de negociação.

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