O arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, comentou nesta terça-feira (8) sobre os protestos envolvendo os católicos do Instituto Plínio Correia de Oliveira (IPCO) e o movimento que integra lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT). Por meio de sua assessoria, Battisti informou que o grupo religioso não tem nenhum vínculo com a Arquidiocese de Maringá.
Ainda de acordo com Battisti, a arquidiocese desconhecia a presença do IPCO na cidade e que ficou sabendo da troca de provocações dos grupos pela mídia. Ele também informou que o grupo não tem ligação com os Arautos do Evangelho de Maringá, como muitos chegaram a pensar por causa das vestimentas semelhantes.
Portando faixas e instrumentos musicais e trajando roupas marrons e douradas - que lembram hábitos usados por religiosos católicos - os membros do IPCO protestaram na segunda-feira (7) contra a união de pessoas do mesmo sexo e o aborto, em uma causa intitulada "Cruzada pela Família".
Fundado em 2006 e com sede em São Paulo (SP), o grupo tem feito uma caravana pelo Brasil para difundir suas ideias durante o período de férias escolares. "Nós integramos um movimento civil e estudantil, mas todos nós somos católicos. Toda nossa ação é baseada na doutrina católica", declarou o organizador do movimento em Maringá, um homem que se identificou apenas como Daniel.
Fotos da manifestação do IPCO foram postadas no Facebook e geraram diversos comentários e protestos em comunidades da rede social. Por isso, integrantes do Movimento LGBT de Maringá organizaram um "Beijaço Gay". No fim da tarde de segunda, cerca de 40 pessoas, de ambos os grupos, se concentravam no cruzamento das avenidas Brasil e Duque de Caxias, um dos mais movimentados da cidade, e exibiam mensagens que solicitavam buzinas dos motoristas simpatizantes às suas causas.