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Há um provérbio curdo que diz o seguinte: "O segredo, para o homem, não é começar, mas perseverar". A frase ilustra bem a história de vida de Assendino Alves Santana, baiano de Rio Novo e que ainda jovem deixou a terra natal, em busca de estudo, trabalho e um futuro melhor. Certa vez, trabalhou como garçom em Minas Gerais, quando ouviu alguns clientes conversando sobre as terras desbravadas no norte do Paraná. Diziam que lá era o lugar do dinheiro, do emprego e que só passava fome quem era preguiçoso.

Seguindo a dica, Assendino chegou a São Jorge do Ivaí, onde foi trabalhar na lavoura. A postura ética e a disposição para vencer na vida foram suficientes para conquistar a confiança de seu chefe e o coração de Aparecida, a filha caçula do dono da fazenda, com quem se casou. Na mesma cidade conheceu outra paixão: a política. Depois de um período trabalhando como delegado, se tornou candidato a prefeito. Acabou derrotado.

Na década de 1960, se mudou para Maringá, onde foi comerciante. Participava ativamente das discussões políticas do município, se tornando uma figura conhecida na cidade. Mesmo dispondo de poucos recursos, tentou ser vereador, prefeito e deputado. "Ele comia e bebia política. Gostava de fazer o corpo a corpo com a população mesmo fora da época eleitoral", conta o filho Agton.

Nos últimos meses estava escrevendo um livro de memórias, onde explicou porque não desistia das candidaturas: "Quando tem eleição, eu saio como candidato para que eu possa ter o direito de falar mais alto o que é errado em nosso município, estado e em nosso país". Deixa esposa, cinco filhos e doze netos.

Dia 7 de março, em Maringá, de câncer, aos 79 anos.

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