Quem conheceu Jacomo Crippa fala que ele era um homem animado, dedicado ao campo e que gostava de elaborar remédios naturais para amigos e familiares. Paulista de nascimento, ainda na adolescência, por volta de 1950, escolheu a cidade de Maringá, então um pequeno município do Noroeste do Paraná, para viver.
Tornou-se popular em Maringá pelos remédios caseiros que fazia, sempre com plantas medicinais. "As pessoas traziam plantas de outros estados e ele fazia os remédios de graça, pelo simples fato de que gostava de ajudar os outros. Ele aprendeu tudo com tribos indígenas", conta Leonice Crippa Calciolare, 61 anos, filha de Jacomo.
Depois de morar durante décadas na Estrada Guaiapó, onde tinha um sítio e cultivava café, Crippa se aposentou e passou a morar na área central da cidade. A paixão pelo campo, porém, permaneceu intacta. "Mesmo indo para a cidade, ele comprou uma chácara em Mandaguari, onde plantava e cultivava suas plantas medicinais e frutas", lembra Leonice.
Era também apaixonado por futebol. Torcia pelo Palmeiras. "Logo que construíram o estádio Willie Davids, em Maringá, ele passou a acompanhar os jogos do Grêmio Maringá, time local do qual ele também gostava muito", diz a filha.
Deixa oito filhos, 14 netos e três bisnetos. Dia 16 de julho de trombose no pulmão.
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