O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do Paraná encontrou irregularidades em cinco produtos típicos das festas juninas e julinas vendidos em Maringá. Os relatórios referentes à fiscalização foram concluídos na segunda-feira (5).
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, foi constatada irregularidade quantitativa no coquetel de vinho tinto seco Guaravera; no doce de amendoim Bom Mineiro; e no vinho tinto de mesa suave Gazzi. O Ipem de Maringá ainda informou que também foram registrados problemas em um coquetel de cana com gengibre e em um doce de leite, cijas marcas não foram informadas.
Os fabricantes ou responsáveis terão um prazo de dez dias, após recebimento da autuação, para apresentar suas justificativas em relação à irregularidade apurada.
Segundo o gerente regional do Ipem Maringá, Michel Ravazi, as multas podem chegar a R$50 mil e, em caso de reincidência, o valor pode ser dobrado. Foram visitados 20 supermercados em Maringá.
Os itens de indústria com suspeita de irregularidade quanto à quantidade indicada foram coletados para devida marcação do exame e comunicação ao responsável pelo envase, como determina a legislação. Já os produtos embalados pelos próprios estabelecimentos de revenda foram avaliados no ato das visitas, com pesagens feitas no local, havendo coleta apenas daqueles itens em que não houvesse condição do exame devido ao controle necessário da temperatura ambiente ou do produto, caso de alguns líquidos.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com Luiz Carlos Gazzi, responsável técnico pela Vinícula Guaravera (fabricante dos vinhos Gazzi e Guaravera). Ele informou que o fornecedor de embalagens havia encaminhado uma remessa de produtos com tamanho menor do que o solicitado. "Assim que ficamos sabendo do problema, entramos em contato com o fornecedor para resolver o problema", informou. Já o responsável pelo doce de amendoim Bom Mineiro não foi encontrado.
Quase 5 mil itens foram avaliados no Paraná
A operação foi realizada em todo o Estado e começou no início de maio. Entre os produtos estavam amendoim, milho de pipoca, canjica, doces em tabletes, aguardente, vinho e quentão.
Foram visitados aproximadamente 150 estabelecimentos comerciais, onde foram realizados pré-exames, nos próprios locais de revenda, em 4.624 itens, sendo que 60 deles foram recolhidos para exames oficiais nos laboratórios do instituto. Depois de concluídos os exames, foram lavrados 10 autos de infração por falta quantitativa nos produtos e dois por irregularidade formal na embalagem.
De acordo com o gerente de Pré-Medidos do Ipem, Sergio Camargo, o número de irregularidades constatadas este ano foi menor que o constatado no mesmo período do ano passado. "Vemos que, ano a ano, os empresários, alertados pelos resultados da fiscalização em seus produtos, têm melhorado seu processo de envase, evitando risco de autuações e penalidades", comentou Camargo, em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN).
Serviço
O Ipem mantém uma ouvidoria que recebe denúncias, reclamações e também orienta o consumidor. O número é 0800 6450102. Dicas também estão disponíveis no site do instituto.
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