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"Vale dizer que onde cabe um carro estacionado, cabem umas quinze bicicletas”, defende membro do Movimento Bicicletada Maringá | Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
"Vale dizer que onde cabe um carro estacionado, cabem umas quinze bicicletas”, defende membro do Movimento Bicicletada Maringá| Foto: Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Aprovado em primeira discussão na sessão de terça-feira (8), na Câmara de Vereadores, um projeto de lei prevê a instalação de bicicletários na região central de Maringá. O equipamento serve para prender as bicicletas e evitar furtos. O texto assinado pelo vereador Sabóia (PMN) destina crédito de R$50 mil para que a prefeitura faça a colocação inicial. O Movimento Bicicletada Maringá, que prega a utilização das bikes como meio de transporte, entende que a iniciativa é válida, mas tímida frente à demanda de infraestrutura necessária no setor.

A previsão é de um ou dois bicicletários por face da quadra, dependendo da largura da calçada. O texto define que a instalação deva ser feita preferencialmente ao lado dos estacionamentos exclusivos para motocicletas. As estruturas deverão ser chumbadas ou parafusadas no passeio, desde que não atrapalhem o trânsito de pedestres.

O projeto, segundo Sabóia e Paulo Soni (PSB, co-autor do projeto de lei complementar), visa não apenas proporcionar melhores condições de saúde através do exercício de pedalar, como também facilitar e estimular o uso da bicicleta como veículo para o trabalho e a passeio e diminuir o uso dos automóveis. Essa é uma das bandeiras do Movimento Bicletada Maringá, mas para um dos membros, Fernando Manosso, a iniciativa ainda é tímida.

Falta estratégia

"Não significa que a prefeitura tenha adotado uma estratégia para tornar a bicicleta um meio viável em Maringá. Toda campanha é feita em prol do carro", disse. Segundo Manosso, até mesmo ruas que ganharam ciclovias, como a Mandacaru e a Pedro Taques, não atendem especificações de segurança. "É uma roleta russa. Em todo cruzamento (das vias citadas) você corre risco de ser atropelado", afirmou. Ele defende que as ciclo-faixas são mais baratas e mais adequadas, mas que as mesmas ocupam espaço que é destinado aos automóveis.

Mesmo assim, Manosso espera que a lei posta em votação dê início a uma discussão maior sobre o problema. "Espero que não seja um fato isolado. Tomara que o poder público perceba a necessidade de infraestrutura para ciclistas. Vale dizer que onde cabe um carro estacionado, cabem umas quinze bicicletas", concluiu.

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