Maringá tem a 2ª maior renda domiciliar per capita do Paraná

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Maringá está em segundo lugar no ranking estadual dos municípios paranaenses com a maior renda média domiciliar per capita: de R$ 1.159,97, perdendo apenas para a capital, Curitiba, com R$ 1.516,17, de acordo com dados do Censo 2010, divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A terceira colocada no ranking estadual é Londrina, com a média de R$ 1.088,60.

"Maringá concentra uma atividade de prestação de serviços muito forte, que exige mão de obra qualificada, como as universidades, bancos, cooperativas e até mesmo a construção civil. Isso faz com que a média salarial da população suba. Porém, isso não garante que todos vivam bem no município", afirma o economista Darcy Pedro Thomaz.

Em 10 anos, Maringá avançou 35 posições no ranking nacional e está entre as 40 cidades brasileiras com a maior renda média domiciliar per capita, segundo Censo 2010. Já Londrina, com uma renda média de R$ 1.088,60, ocupa o 63º lugar no ranking nacional e o terceiro no estadual. Os valores são corrigidos pela inflação acumulada em dez anos, o INPC, que é o indicador do IBGE.

Segundo o economista, o processo de desenvolvimento de Maringá excluiu a população mais pobre para municípios vizinhos, dentro da região metropolitana de Maringá. Isso faz com que o município concentre maior número de pessoas que recebem bons salários. "É uma cidade que excluiu as pessoas de baixa renda para Paiçandu e Sarandi, por exemplo. Essas pessoas são excluídas pelo fato de não conseguirem viver em Maringá, devido ao custo elevado de vida", explica Darcy Pedro Thomaz.

Só dez municípios têm renda acima da média paranaense

Apenas em dez municípios paranaenses os moradores têm renda superior à média do estado. O levantamento da Gazeta do Povo, baseado no Censo 2010, mostra que, embora a renda média no Paraná seja de R$ 876, a desigualdade persiste. O Paraná cresceu de forma não uniforme durante o século passado e o desenvolvimento ficou centrado em poucas regiões, deixando boa parte do território sem investimento, o que gerou pobreza e miséria.

Os bons rendimentos se concentram – com exceção de algumas cidades – em regiões metropolitanas e polos industriais, áreas que receberam investimentos governamentais em infraestrutura e atraíram empresas, indústrias e comércio.