Os membros da Sociedade Médica de Maringá decidiram não aderir à paralisação nacional que ocorre nesta terça-feira (23) em protesto às últimas medidas governamentais com relação ao exercício da medicina. A decisão foi tomada durante assembleia, realizada na noite de segunda-feira (22), no Município.
Segundo o médico Natal Gianotto, membro do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Maringá, a categoria recebeu orientações do departamento jurídico para manter "estado de greve" até que haja uma resposta formal do governo quanto às reivindicações dos profissionais.
"Nossa intenção também é evitar maiores transtornos à população, já que nesse período de frio a incidência de atendimentos é muito maior, por esse motivo também mantivemos o atendimento normal", informou Gianotto.
Mobilização no Paraná
Até segunda-feira (22), algumas entidades médicas do Paraná confirmaram que os serviços não essenciais seriam suspensos nesta terça-feira (23) e nos dias 30 e 31. A decisão foi tomada em assembleia da Associação Médica do Paraná.
A paralisação deve ganhar adesão dos profissionais que atuam na saúde pública, suplementar e privada. Os protestos se dirigem, principalmente, contra três posicionamentos recentes do governo federal: os vetos da presidente Dilma a alguns pontos do chamado Ato Médico; à medida provisória que aumenta para oito anos o tempo do curso superior de medicina; e à não exigência de que médicos estrangeiros passem pelo exame de revalidação do diploma, o Revalida.