Acordo entre os hospitais ainda não foi oficializado
Termina na próxima semana o prazo dado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Leitos para que os hospitais de Maringá - conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) - formulem um novo acordo para os procedimentos de média e alta complexidade do SUS.
Segundo o o superintendente do HU, José Carlos Amador, um acordo verbal já teria sido selado, mas não colocado no papel. Nos próximos dias, uma reunião deve ser realizada para oficializar o acordo.
Nos últimos meses, a CPI está apurando possíveis negligências de hospitais maringaenses no atendimento a pacientes do SUS, que muitas vezes formam filas em corredores de hospitais à espera de vaga, principalmente na área de ortopedia. Enquanto o novo acordo não é elaborado, os pacientes que necessitam de cirurgias ortopédicas são divididos entre três hospitais por ano de nascimento.
Com o novo acordo, o HU de Maringá deixa de atender pacientes da área de ortopedia, apenas os encaminha para os outros três hospitais. Os pacientes que nasceram em anos com finais 8 serão levados para o Hospital Santa Rita; finais 9 para o Metropolitano de Sarandi e 0 para a Santa Casa.
O "pacote" de medidas anunciadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não deve resolver o problema da superlotação no Hospital Universitário (HU) de Maringá, pelo menos a curto prazo. Além disso, segundo o superintendente do hospital, José Carlos Amador, a conclusão das obras deve demorar, pois dependem de trâmites burocráticos.
"As medidas vão apenas amenizar o problema", disse Amador à reportagem da Gazeta Maringá. "As obras, porém, vão demorar um tempo, pois dependem de licitação e isso envolve questão de recursos e prazos", explicou.
Uma das medidas anunciadas foi a criação de cinco novas salas cirúrgicas, a partir do ano que vem, no HU. Com a construção dos espaços, o centro cirúrgico do hospital passa a contar com oito salas, sendo que uma delas é utilizada para a realização de partos. No entanto, o governo estadual só deve liberar os recursos no início do ano que vem.
Criação de leitos só deve ocorrer dentro de um ano
A Sesa espera criar também mais 30 leitos para atender os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no HU. A liberação destes espaços depende da construção da nova ala administrativa do hospital, cuja obra está interrompida desde julho deste ano. Segundo a direção do hospital, a construtora não cumpriu os prazos, e, por isso, foi notificada e o contrato cancelado.
"Em função da quebra de contrato, não temos como licitar a segunda etapa para utilizar a verba da segunda etapa", explicou o prefeito do campus da UEM, Igor Valques, em entrevista à RPC TV Maringá. No início deste ano, o governo estadual liberou cerca de R$ 2 milhões para a obra, mas o repasse foi interrompido porque a primeira etapa da obra não ficou pronta.
O governo do estado só deve liberar o restante da verba quando o hospital apresentar o novo cronograma da obra, o que só vai ocorrer depois da licitatação para construção do setor administrativo. Segundo a direção do HU, todo o processo (até a conclusão do prédio) deve levar pelo menos um ano.
Medidas adotadas
Enquanto as obras não são realizadas, Amador informou que aguarda o recebimento de novos equipamentos para cirurgias ortopédicas, que serão adquiridos pela parceria entre a Prefeitura de Maringá e a Sesa. O superintendente também ressaltou que os pacientes operados no HU serão encaminhados para o Hospital Municipal, que vai disponibilizar seis leitos para pós-operatório.
Amador também informou que estuda a possibilidade de abrir o centro cirúrgico do hospital às segundas e sextas-feiras à noite para a realização de cirurgias ortopédicas, mas que isso depende da contratação de anestesistas.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura