No ano passado, quase 35% das mortes foram por atropelamento. Neste ano, o índice está em 50%| Foto: Arquivo/PMM

Pedestres se preocupam com o crescimento dos casos de atropelamento na cidade

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O trânsito de Maringá está mais violento neste ano, especialmente contra pedestres e ciclistas. Desde janeiro, nove pessoas já morreram atropeladas na área urbana da cidade. O número é quase duas vezes maior que o registrado durante os três primeiros meses de 2009, quando houve cinco óbitos. A vítima mais recente é Shizuka Sakagani, 80 anos, que morreu na madrugada desta quarta-feira (10), depois de ter sido atropelada, no início da semana, na Avenida Pedro Taques.

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Com isso, o número total de mortes no trânsito do município já chega a 18. Sete vítimas estavam em motocicletas e duas, em carros. Os casos envolvendo pedestres e ciclistas, portanto, respondem a 50% do total de mortes. Durante todo o ano passado, esse percentual foi de quase 35%. A maioria dos óbitos envolveu motocilistas.

A engenheira civil e doutora em Egenharia de Transportes, Fernanda Simões, diz que o pedestre é o elemento mais frágil do trânsito e que, por isso deve ser priorizado no planejamento das cidades. Ela também diz que é preciso respeito por parte dos condutores de carro. "Se cada motorista pensar individualmente, o trânsito fica complicado. Ele deve ter a consciência de que não está sozinho."

Fernanda, que dá aula na Universidade Estadual de Maringá (UEM), também diz que há um capítulo exclusivo no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que trata dos direitos e deveres do pedestre. Trata-se do capítulo IV, que, entre outras coisas, estabelece que "é assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação". Clique para acessar o CTB.

Dados oficiais

Os dados oficiais da Secretaria de Transportes (Setran) de Maringá, disponibilizados no site do órgão, indicam apenas cinco mortes por atropelamento, além de sete envolvendo motocilistas e uma, o condutor de um carro. São, no total, 13 óbitos.

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A assessoria de imprensa da Prefeitura informa que os números são divergentes porque a Setran não contabiliza as mortes ocorridas na Avenida Colombo, que são monitoradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que a via é um trecho urbano da BR-376.