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gripe A

Município vai ceder vacinas para índios do Centro Cultural Indígena

Durante estadia em Maringá, índios contam com espaço para dormir e produzir seus artesanatos | divulgação
Durante estadia em Maringá, índios contam com espaço para dormir e produzir seus artesanatos (Foto: divulgação)

O Centro Cultural Indígena (CCI), casa de apoio mantida pela Associação Indigenista de Maringá (Assindi), conseguiu junto à secretaria municipal de saúde, a cessão de 60 doses de vacinas contra a Influenza H1N1 para os internos da entidade. Até essa segunda-feira (8), a direção da entidade não havia recebido orientações sobre a imunização dos índios hóspedes, como publicou o Jornal de Maringá. Segundo Darci Dias de Souza, diretora da unidade, o pessoal corria o risco de não receber as vacinas, pois não devem voltar logo para suas aldeias. Nesta terça-feira (9), o município fechou acordo com a Organização Não Governamental (Ong) e a distribuição começa já nesta quarta. "Falta acertar se vão trazer ou se os índios terão que ir à secretaria", disse.

São cerca de 30 estudantes, mas a preocupação era com outros 30 artesãos que estão na cidade e não devem retornar logo para suas aldeias. A orientação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) é para que os indígenas sejam imunizados contra gripe A nas localidades de origem , mas de acordo com Darci, os índios que estão atualmente em Maringá só devem retornar para suas casas depois do dia 19, data que se encerra a 1ª etapa da campanha.

Os índios artesãos, segunda ela, viajam de suas aldeias para outras cidades para vender produtos. Nesta segunda-feira (8), os índios no local eram das aldeias de Ivaí e de Faxinal de Catanduvas (município de Cândido de Abreu, região Central). A entidade tem sete casas construídas e tem intenção de erguer outras três. A manutenção tem ajuda da Mitra Diocesana de Maringá, que doa 20 cestas básicas, e da Secretaria de Ação Social, que contribui com R$4 mil por mês.

A secretaria de saúde via problema em fornecer as vacinas, pois as doses vieram contadas para os trabalhadores da saúde. . "Há uma aldeia no fundo da Coca-cola, mas os índios de lá são itinerantes", explicou Antonio Carlos Nardi, secretário municipal de saúde.

As doses que vieram para a 15ª Regional de Saúde estão destinadas exclusivamente para os profissionais de saúde e não devem atender aos indígenas. "Como a região não tem população indígena oficial, não temos vacina para eles. A prioridade em Maringá é para os trabalhadores da saúde", disse Inês Imamura, coordenadora do setor de imunização da 15ª Regional de Saúde, em Maringá.

Para Paulo Santos Camargo, chefe do distrito sanitário especial indígena da Funasa, a situação de índios em perímetro urbano ainda está sendo analisada. O Ministério da Saúde deliberou que a primeira etapa da campanha constitui a imunização de funcionários da saúde e índios dentro das aldeias, responsabilidade que cabe à Funasa. Sobre os demais, a responsabilidade de acompanhamento é da Fundação Nacional do Índio (Funai), que recentemente encerrou sua atuação no estado.

A orientação é que os indígenas que ficarem sem a vacina nessa primeira etapa, busquem a imunização das fases seguintes da campanha. "Em Maringá há muitos estudantes, mas eles vão pegar a vacinação nas suas faixas etárias", disse Camargo. Segundo ele, durante o último surto de gripe A, as comunidades mais atingidas foram Mangueirinha, no município de Guarapuava, e Ivaí, em Manoel Ribas. Contudo, a média de contágio dos indígenas pela nova gripe ficou abaixo do restante da população.

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