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Comissão

Para relator da CPI, tarifa do transporte deveria ser pelo menos R$ 0,20 mais barata

A tarifa cobrada pelos ônibus coletivos em Maringá deveria ser pelo menos R$ 0,20 mais barata. É o que aponta o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o transporte público no Município. Segundo Humberto Henrique (PT), foram identificadas diferenças nas planilhas de custos apresentadas pela empresa.

A informação foi divulgada na tarde de segunda-feira (19) durante reunião da CPI na Câmara de Vereadores. Na ocasião, a comissão rejeitou dois requerimentos apresentados pelo relator. Para Henrique, essas informações seriam de extrema importância para verificar se o valor das passagens poderia ser ainda menor.

"A CPI perdeu o foco e oportunidade de dar resultado concreto", afirmou o parlamentar petista, que promete levar a questão do transporte para o Ministério Público (MP). "Já que a CPI não cumpre seu papel, vou levar [o caso] para o MP."

Um dos requerimentos apresentados pedia informações sobre empresas cujo capital social a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) tenha participação societária. A proposta recebeu voto favorável de Márcia Socreppa (PSDB) mas foi rejeitada por Chico Caiana (PTB), Ideval de Oliveira (PMN) e pelo presidente da CPI, Luciano de Brito (PSB). Em entrevista para a RPC TV Maringá, Caiana alegou que o requerimento fugia do foco da CPI. "Estou trabalhando em cima do preço da passagem e melhor qualidade do transporte coletivo."

Outro pedido rejeitado era um cadastro completo da frota da TCCC, incluindo informações sobre as condições de acessibilidade para pessoas com deficiência. Além de Henrique, essa proposta somente teve o voto favorável do presidente da CPI.

Ideval de Oliveira alegou que as informações solicitadas pelo relator não têm importância neste momento. "O requerimento foi bem feito, com boas intenções, mas não acrescentaria no momento, tendo em vista que a documentação já é muito grande para que possamos analisar e chegar ao final dessa CPI a contento.

A reportagem entrou em contato com o administrador executivo da TCCC, Roberto Jacomelli, mas ele informou que a empresa só vai se manifestar sobre o assunto após o fim da CPI.

CPI inspecionou garagem da TCCC

Logo após a reunião na Câmara, os integrantes da CPI do Transporte Coletivo fizeram uma inspeção na garagem da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC). Na ocasião, os vereadores verificaram questões de segurança, limpeza dos ônibus, catracas, abastecimento e a oficina.

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