Familiares dos presos do CDP fazem protesto no Fórum de Maringá exigindo informações sobre o estado de saúde dos detentos| Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo

Parentes dos presos do Centro de Detenção Provisória de Maringá (CDP) fizeram um protesto dentro do Fórum Municipal da cidade por volta das 13h30 desta terça-feira (3). Cerca de 40 pessoas participaram da manifestação para exigir a presença da promotora da Vara Criminal, Valéria Seyr, no CDP, para verificar a situação dos detentos. "Temos o direito de saber como estão nossos familiares.Meu marido e meu filho estão lá. Eu sei que meu filho não está bem. Ele está urinando sangue", contou, aos prantos, Márcia Sidnéia Costa.

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Como resposta, os manifestantes receberam uma nota da sala da promotora na qual ela informava que não havia recebido comunicado oficial e não teria condições de prestar quaisquer esclarecimentos. A nota revoltou ainda mais os manifestantes. Eles procuraram a Comissão dos Direitos Humanos da OAB e seguiram em direção ao CDP.

Segundo a comissão da OAB, todos os presos estão acomodados e não aparentam ferimentos graves. "Alguns têm hematomas, cortes na testa e mordida dos cães, mas nada grave", disse Fúlvio Stadler, membro da OAB.

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Junto com a OAB, o presidente do Conselho de Execuções Penais da Comarca de Maringá, Ademar Castro Alves, também visitou o presídio. Ao sair do CDP, Alves informou que tudo estava em ordem no local e que não havia mais perigo de rebeliões. Um relatório da visita será enviado à Justiça.

Na tarde e na noite de segunda-feira (2), os 897 presos do CDP participaram de uma rebelião que durou cinco horas. A situação só foi controlada por volta das 22h, com a polícia utilizando cachorros e balas de borracha.