A Polícia Federal de Maringá prorrogou o prazo para a conclusão do inquérito que investiga suposta prática de estelionato pela Faculdade Ingá (Uningá). A instituição é acusada de conceder irregularmente bolsas do Programa Universidade para Todos (Prouni).As investigações, iniciadas no dia 17 de junho, deveriam ser concluídas inicialmente em 30 dias, prazo que terminaria nesta semana. No entanto, isso não será possível segundo o delegado Fabiano Lúcio Zani.

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Ele explicou que a polícia aguarda documentos solicitados pelo Ministério Público Federal ao Ministério da Educação (MEC). "Estamos aguardando o encaminhamento deste material para dar continuidade aos trabalhos de investigação. Só após essa etapa é que vamos intimar os envolvidos para depor", explicou. Segundo a assessoria de comunicação do MEC, a documentação e informações levantadas já foram repassadas ao Ministério Público Federal e à Advocacia Geral da União, que analisam o caso.

O pedido para abertura de inquérito policial foi protocolado pela Procuradoria da República no dia 28 de maio, motivado por reportagem exibida pelo programa "Fantástico" (da Rede Globo). A matéria denunciou que três universitárias de classe alta de Maringá recebiam bolsas gratuitamente desde 2008.

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Com a suspeita de irregularidade, o Ministério da Educação (MEC) instaurou um processo administrativo para apurar o caso, e desvinculou a Uningá do Prouni no mês passado. A instituição de ensino recorreu da decisão e o pedido está sendo analisado pelo MEC. O

Quase R$ 300 mil deixaram de ser pagos

Segundo a matéria veiculada pelo Fantástico, as três estudantes deixaram de pagar, juntas, quase R$ 300 mil em mensalidades (cada aluno de Medicina paga R$ 3,2 mil por mês). De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, a Uningá cancelou o benefício de Belisa Stival e Camila Colombari Medeiros no dia 30 de abril, dois dias antes de a reportagem ser exibida.

Milena Lacerda Colombari pediu para deixar o Prouni no dia 4 de maio. Mesmo com o cancelamento, as universitárias e a Uningá podem ser punidas. O Ministério Público Federal e a Advocacia Geral da União decidirão se as estudantes terão de devolver aos cofres públicos a soma das mensalidades referentes ao período em que receberam o benefício.

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