O preço de materiais de construção praticado por lojas de Maringá apresentou variação de até 202,8%, segundo pesquisa realizada por fiscais da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). O item com a maior diferença de preço é o registro de pressão cromado, utilizado em sistemas hidráulicos. A peça foi encontrada por R$15,60 e R$47,25. Foram pesquisados 44 produtos da cesta básica da construção e reforma e os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (20).
Mesmo materiais mais comumente usados em reformas tiveram variação considerável. A cal virgem de 20 quilos teve diferença de 17,65% entre a loja mais cara e a que praticava o preço mais acessível. Ficou entre R$6,80 e R$8,00. O saco de 50 quilos de cimento foi encontrado por R$18,90, preço mais em conta, e R$20,50. O item foi um dos que apresentaram menor variação:8,47%. O milheiro de tijolo com seis furos teve 33% de diferença entre o mais caro e o mais barato, sendo encontrado por R$239 até R$320
Entre os produtos do sistema elétrico, destaque para a diferença de preço do fio de cobre e do disjuntor. O primeiro foi encontrado por R$0,30 o metro na loja que vendia mais barato e por R$0,70 na que vendia mais caro; variação de 133%. O disjuntor foi encontrado pelos preços de R$5,50 e R$11,40; diferença de 107,2%
Nos produtos de maiores valores, a caixa dágua plástica de mil litros com tampa variou entre R$199 e R$250. Já o milheiro de cerâmica tipo duplan foi encontrado por R$740 e até por R$900; variação de 21%.
O Procon pesquisou os valores em 10 lojas de materiais de Maringá entre os dias 9 e 13 de novembro. Não foram consideradas marcas, apenas as especificações técnicas de cada item. O órgão também alerta que os valores podem sofrer alterações diárias.
Multas
As autuações contra empresas que vendem materiais de construção geraram multas no valor de R$29.473,33 entre janeiro e outubro desse ano. No entanto, a maior parte desse valor, segundo a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Maringá (Procon), foi aplicado nos últimos três meses, quando o órgão percebeu aumento significativo nas reclamações contra esse setor. A insatisfação do consumidor é referente a atrasos na entrega dos pedidos, que atrasam e encarecem a obra.