As autuações contra empresas que vendem materiais de construção geraram multas no valor de R$29.473,33 entre janeiro e outubro desse ano. No entanto, a maior parte desse valor, segundo a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Maringá (Procon), foi aplicado nos últimos três meses, quando o órgão percebeu aumento significativo nas reclamações contra esse setor. A insatisfação do consumidor é referente a atrasos na entrega dos pedidos, que atrasam e encarecem a obra.
Nos 10 primeiros meses, foram 117 consumidores que perderam a paciência e registraram queixa. "Quando a pessoa vem até o Procon, é porque já esgotou todas as possibilidades", disse Antonio Carlos Faria, chefe do setor de pesquisa do órgão. As reclamações foram contra 39 empresas, o que demonstra que o problema está bem disseminado no setor. Das notificações, 15 foram transformadas em multas, que juntas somaram quase R$30 mil.
Os consumidores reclamam da entrega, que demora muito e faz com que a obra seja paralisada. "O prejuízo é duplo, pois o pedreiro que já foi contratado não pode trabalhar", explicou Faria. Os grandes construtores não são afetados, visto que não compram diretamente em lojas. "O problema atinge consumidores de pequenas obras, que estão fazendo reformas ou ampliando a casa", explicou.
A dica do órgão é que o comprador pesquise sobre os antecedentes da loja antes de fechar negócio. Para ajudar nessa tarefa, o Procon promete disponibilizar informações do gênero em um site. O cadastro esta sendo preparado. A entrega dos materiais fora do prazo combinado dá direito do consumidor desfazer o negócio, e quem se sentir lesado deve procurar os direitos.
Segundo o Procon, as empresas do setor se defendem dizendo que os atrasos têm ocorrido porque os fornecedores também estão descumprindo prazos.